Nesta segunda-feira (23), às 18h30, será exibido, na fachada do Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), no Centro de Vitória, o filme Rebobine, por favor, dirigido e escrito por Michel Gondry, mesmo diretor do aclamado Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. A ação integra as atividades da exposição Modos de usar, de Júlio Martins, em cartaz no espaço cultural. A sessão será gratuita.
O objetivo do projeto é oferecer ao público do Centro de Vitória uma opção de lazer onde seja possível aguardar a cidade se acalmar em seu horário de rush e, participar de uma programação cultural acessível, gratuita e de peso cultural. O MAES na fachada pretende também chamar a atenção de quem passa pelo museu diariamente e não sabem que por trás da fachada existe um museu público e de entrada gratuita.
E esse é só o início do projeto, pois em março está programada mais duas exibições nos dias 9, com o filme Meu tio; e 23, com a obra Andarilho. Além da programação ser aberta ao público, O MAES vai disponibilizar bancos e cadeiras para o público.
Meu Tio
Dirigido por Jacques Tati, o filme é uma produção ítalo-francesa que tem o título original de Mon Oncle. A obra apresenta o próprio Jacques Tati interpretando o senhor Hulot, um homem pobre, solteiro, dono de poucos bens materiais e que não se dá bem com tecnologias. Hulot tem uma irmã um cunhado, o sr. Arpel – interpretado por Jean-Pierre Zola – bem sucedidos devido ao sucesso de uma fábrica de plástico e, preocupados com o fato de que seu filho adora o tio Hulot e, consequentemente, pode ser má influenciado pelo homem. A preocupação faz com que o casal Arpel, amantes da tecnologia, ofereçam um emprego a Hulot em sua fábrica.
Estruturado em um comédia que faz um crítica direta à forma como a tecnologia pode mediar a vida das pessoas; além de apresentar a modernização tecnológica das fábricas com certa sátira, o filme foi produzido no final dos anos de 1950 e, ainda assim, consegue criar um cenário que reproduz a tecnologia que pode ser encontrada no cenário atual, o que impressiona e causa reflexão para quem assiste o filme no tempos de hoje.
A obra revolucionária para a época, ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes em 1950; e o Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1959.
Andarilho
Andarilho é um documentário brasileiro de Cao Guimarães, mesmo diretor de O homem das multidões e Da janela do meu quarto. A peça audiovisual apresenta três andarilhos que vivem envoltos de lugares, povos e sentimentos alheios, tudo resumido a solidão do andar sem rumo. Os três percorrem trajetórias diferentes e deparam-se com situações das quais não fazem parte.
Com sensibilidade, o documentário produzido em 2007 se passa no trajeto entre Montes Claros e Pedra Azul, no nordeste de Minas Gerais e, a partir das imagens dos locais e das vozes dos personagens, o público conhece os motivos e anseios deles, assim como as questões que os levam a questionar suas própria vidas.
Serviço
O projeto Maes na fechada se inicia nesta segunda-feira (23) com o filme Rebobine, por favor, às 18h30, e terá mais duas sessões abertas em março, nos dias 9 e 23, com as obras Meu Tio e Andarilho. O Museu de Arte do Espírito Santo fica na avenida Jerônimo Monteiro, 631, no Centro de Vitória. A participação é livre.