O projeto da Vale para construção de uma siderúrgica em Ubu, Anchieta, aumentará as doenças da população da região sul do Estado. Portanto, haverá perda para a sociedade e para o Estado, entre outros problemas, segundo avalia Eraylton Moreschi Júnior, presidente da ONG Juntos SOS ES Ambiental.
Vê ganhos financeiros para a Vale, dona de 50% da Samarco. Mas não para a população, que terá mais doenças para tratar, entre outros problemas.
O presidente da Juntos SOS ES Ambiental defende que, se aprovado, o projeto da siderúrgica da Vale obedeça a parâmetros modernos, como precipitadores eletrostáticos de alta potência, para reduzir as emissões atmosféricas nas chaminés. Para Eraylton Moreschi Júnior, é essencial a discussão do projeto, que a sociedade deve conhecer.
O pedido de licença ambiental da Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), em Anchieta, foi publicado na edição desta segunda-feira (9) do Diário Oficial. O projeto inicial seria tocado com parceria da Vale e a chinesa Baosteel Corp. e foi adiado algumas vezes.
Previa que a CSU produziria 5 milhões de toneladas/ano de aço, com potencial de emissões de 9,7 milhões de toneladas/ano de gás carbônico (CO2), que provoca o aquecimento global. Mas o mercado poderá levar a empresa a produzir o dobro de aço na siderúrgica.