Região que reúne bom número de agentes reivindicadores de melhorias da infraestrutura ciclística da capital capixaba, a Regional 5 recebe nesta segunda-feira (23) o próximo encontro presencial entre moradores e Prefeitura de Vitória (PMV) para discutir a revisão do Plano Diretor Urbano (PDU) da cidade. A reunião acontece a partir das 19h na Escola Estadual Fernando Duarte Rabelo, Praça São Cristóvão Jaques, Praia de Santa Helena.
Do ponto de vista bicicleteiro, o endereço da reunião não poderia ser mais emblemático: acontece ao lado da Praça São Cristóvão Jaques, popularmente conhecida como Praça do Cauê e que, em 2013, após ameaças oriundas do governo do Estado e da própria PMV de sacrificá-la em nome de projetos de mobilidade urbana, foi rebatizada, virando a Praça do Ciclista.
A ideia oficial era cortar a praça para fazer uma ligação direta entre a Avenida Nossa Senhora da Penha e a Terceira Ponte, tendo em vista a implantação do projeto do Sistema BRT (vias exclusivas para ônibus). O Cauê transformou-se então em símbolo da luta por uma Vitória para as pessoas e não para os carros. A manutenção da histórica edificação tal como ela é, sem projetos de requalificação, será uma das propostas dos cicloativistas.
Outra reivindicação são ações de trânsito e sinalização para dar segurança o ciclista. O foco, aqui, é o Mapa das Ciclorrotas da Grande Vitória, lançado em dezembro passado e que apresenta uma seleção de rotas mais adequadas para o tráfego do ciclista. Em Vitória, especificamente, a malha cicloviária ainda é precária, com ciclovias e ciclofaixas desconectadas entre si. Um quadro que expõe o ciclista, uma vez que um dos grandes problemas da cidade é a velocidade dos carros.
A ideia dos cicloativistas é dar um passo além do mapa, já que ciclorrotas caracterizam-se por serem trechos sinalizados, horizontal e verticalmente. Paralelamente, outra ação reivindicada é o acalmamento de trânsito (do inglês traffing calming), um conjunto de medidas para abrandar os efeitos negativos do trânsito. Será proposta a implantação de “zonas de 30” para que os motoristas dirijam de forma mais lenta.