O Congresso Nacional vem discutindo uma série de questões dentro do pacote da Reforma Política. A primeira discussão, que tem endereço certo, afeta o jogo político no Espírito Santo. O Congresso criou dificuldades para a criação e fusão de partidos, mas a criação do PL, partido para o qual estaria de mudança o governador Paulo Hartung (PMDB), já tem o registro solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda que tenha dificuldade de fusão com o PSD, a rota de fuga para as lideranças insatisfeitas em seus partidos está garantida. Muita gente acompanha com interesse os desdobramentos em Brasília, para saber como se movimentar partidariamente.
Ao deixar o PMDB, Hartung deve levar com ele uma boa quantidade de lideranças do Estado. Daí o interesse. Além do PL, as movimentações acontecem para partidos que estão no campo de atuação da nova sigla.
Assim como em nível nacional, no Estado o PMDB deve sofrer uma debandada com a criação do novo partido. Mas a saída não será apenas para o PL. As fusões que devem acontecer entre partidos grandes no cenário nacional também vão ajudar na acomodação de lideranças.
O DEM e o PTB aceleram as conversas e até maio devem formalizar a fusão. O PTB está desgastado no Estado, mas o DEM mostrou nas últimas eleições que tem capacidade de concentrar votos. Mais caracterizado como partido de oposição, deve se beneficiar com a rejeição ao projeto do PT em nível nacional.
Outra fusão que terá repercussão no Estado é a que também já está acelerada em nível nacional, entre PSB e PPS. Os socialistas, tanto na disputa nacional quanto no Estado, saíram desgastados politicamente do pleito e precisam se reconstruir.
O ninho da pomba deve sofrer também uma debandada e a união com o PPS pode ajudar, mas isso vai depender da posição do partido do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, no jogo político, já que há muitas dúvidas sobre sua fidelidade ao projeto de Renato Casagrande (PSB) para o Estado.
Fragmentos:
1 – O deputado federal Max Filho (PSDB) apresentou projeto de lei para diminuir o limite de gastos com pessoal na Câmara de 2,5% para 1,5% das receitas líquidas.
2 – Max Filho explica que é importante, nesse momento de crise econômica e política, que o Poder Legislativo dê uma demonstração clara de compromisso com a responsabilidade fiscal.
3 – O tucano também apresentou à Comissão de Educação proposta de fiscalização e controle sobre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), para evitar novas surpresas aos estudantes, como está acontecendo agora.