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Colnago fala em reestruturações, mas não garante entrega de obras de mobilidade no governo Hartung

A entrevista que o vice-governador Cesar Colnago (PSDB) concedeu à rádio CBN-Vitória nesta quarta-feira (1) repete o mantra da compatibilização de planejamento à capacidade de investimento do governo Paulo Hartung. O objetivo, aqui, é claramente, e mais uma vez, desviar o foco da falta de projetos consistentes do novo governo na área em questão: mobilidade urbana.   
 
Vejam o caso da Quarta Ponte – projeto questionável, uma vez que pontes apenas são paliativos, não remediam o problema da mobilidade. O governo Hartung anunciou o cancelamento da obra. “O projeto está incompleto”, evadiu-se Colnago. Mas uma pergunta de um ouvinte pôs o vice em desconforto: mas a Quarta Ponte não é um projeto do governo Hartung de 2010?. 
 
O vice também patinou quando tratou do Sistema Aquaviário, cujo edital de licitação foi cancelado em janeiro pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop). O transporte marítimo não será limado, mas, sim, receberá uma reestruturação de projeto, “dentro de uma concepção que seja viável tocar”. Previsto pela gestão Renato Casagrande para operar com pelo menos cinco linhas, agora a proposta é criar apenas uma linha. As obras do BRT (vias exclusivas para ônibus) foram reduzidas à primeira fase.
 
Projetos como os da Quarta Ponte e Aquaviário foram ideias apresentadas no primeiro governo Paulo Hartung. Mas não saíram do plano das ideias. Só seriam efetivamente viabilizadas no governo seguinte, embora com sérios erros, todos apontados em ações movidas pela Justiça. Ano passado, o Ministério Público de Contas (MPC) determinou a suspensão de projetos da Quarta Ponte, do BRT e do Aquaviário. 
 
E quando a Justiça se pronuncia, o poder público se readequa, o que é bem diferente de reestruturar projetos já delineados. O governo Hartung, agora, parece voltar ao que sempre fez: vagar pelo mundo das ideias. Colnago em nenhum momento garantiu entrega de obras ao final do governo. Limitou-se a uma vaga promessa: “Acredito que em quatro anos a gente terá uma situação melhor do que a gente tem hoje”. 

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