quarta-feira, fevereiro 5, 2025
31.9 C
Vitória
quarta-feira, fevereiro 5, 2025
quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Leia Também:

Ciladas da vida

Das ciladas da vida a demissão e o consequente desemprego estão entre as principais fontes de angústias pessoais e familiares, até porque, há pouco controle sob isso.
 
Nos relatos constam que essa situação gera surpresa, indecisão, medo, humilhação além do acúmulo de contas atrasadas, privações, dentre outros.
 
Várias histórias de demissões de cidadãos brasileiros, que trabalhavam há anos em empresas consideradas fortes estão estampadas na mídia. Histórias que até então pareciam remotas e, que se tornam até possíveis a partir da crise instalada, com a estagnação da economia, a desaceleração do mercado de trabalho, agravada pela oneração da folha de pagamento. Somado ao fato de que entraram em vigor as novas regras para a concessão do seguro desemprego.
 
Alguns setores específicos estão sofrendo com demissões em massa, a exemplo da construção civil, do setor de comércio, da agropecuária e da cadeia do petróleo e gás.
 
Com isso, ultrapassamos o estado de atenção no mercado de trabalho, vivido até o ano passado e passamos a colher frutos amargos.
 
Esse cenário atual vem impondo ameaça à sustentabilidade de milhares de famílias brasileiras, além de estar declinando os sonhos de classe média, que acabou de ascender na pirâmide social, conseguindo introduzir em suas vidas, novos hábitos de consumo incluindo itens antes impensáveis e com isso, melhoraram a qualidade de vida, mas que novamente entram na “corda bamba”.
 
O Brasil perdeu mais de 80 mil vagas de empregos formais no primeiro bimestre deste ano, segundo informações do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. As demissões foram superiores às contratações neste período. Fato que não era registrado para o referido período, desde 2009.
 
Sobre a dimensão do impacto social das demissões nas famílias e, baseado nas vagas fechadas, a estimativa é: para cada trabalhador demitido há, em média, três
 
dependentes, assim chegamos a um montante de mais de 240 mil cidadãos afetados pelo desemprego neste período.
 
Contra o risco de demissão e do desemprego, existem medidas preventivas, dentre elas: cuidar continuamente da empregabilidade, investindo em educação continuada para aperfeiçoar a capacidade técnica e comportamental e na rede de relacionamento, permanecendo atento ao perfil profissional desejado pelo/para o mercado de trabalho. Identificar e investir em outras fontes de renda também diminui a vulnerabilidade.
 
Combater as dívidas existentes, além de evitar contrair novas, também é imprescindível.
 
Reforçar o hábito de poupar, que insistimos em incentivar, para que seja formada e mantida reserva financeira que, por exemplo, possa garantir a sobrevivência no caso de demissões, até a recolocação no mercado de trabalho. Caso não seja necessária para esse fim, o que poupamos e investimos durante o período produtivo da vida, visa garantir um futuro igual ou melhor do que o presente.
 
A reserva financeira é o que garante a segurança e a manutenção da saúde em momentos de crise como esse.
 
A prevenção continua sendo a melhor solução.
 

Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br

https://sites.google.com/site/saudefinanceiraivanamzon/

Mais Lidas