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Murilo Ferreira, presidente da Vale, foge da CPI do Pó Preto

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, fugiu da CPI do Pó Preto. Deixou de comparecer nesta quarta-feira (15) à audiência para a qual estava convocado. Alegou  compromissos pessoais. Mandou em seu lugar um diretor da empresa, Maurício Max, e o gerente de ambiente da área de Tubarão, Romildo Fracalossi.
 
A ausência do presidente da Vale irritou alguns dos deputados, como a Gilsinho Lopes (PR), que tinha reservado oito perguntas para ele. Os membros da CPI não tiveram alternativa, senão reconvocá-lo. Será o principal depoente em uma sessão no dia 23 próximo, às 14 horas. Um outro funcionário da empresa também será convocado.
 
O não comparecimento de Murilo Ferreira foi comunicado na última hora à CPI.  Ele foi convocado a tempo, mas simplesmente não quis comparecer, como entendem alguns deputados. Gilsinho Lopes disse saber o porquê de o presidente  não comparecer e disse que irá divulgar a informação oportunamente.
 
E cobrou a reconvocação, assinalando que se ele não comparecer será conduzido.  Conduzido “sob Vara” ou  “conduzido debaixo de vara” é expressão utilizada até hoje no Direito para designar que alguém foi levado sob mandado judicial para comparecer a determinado compromisso para prestar contas como depoente.
 
A votação pela reconvocação do presidente da  Vale pela CPI foi aprovada por todos os deputados da comissão.  A Vale e a ArcelorMittal Tubarão e Cariacica são as maiores poluidoras do ar na Grande Vitória. Os capixabas da Grande Vitória gastam  R$ 565 milhões, anualmente, tratar doenças produzidas pela poluição do ar. As doenças vão de elergias e problemas respiratórios, a câncer.

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