A mudança de ponto de embarque e desembarque em Vitória e a ampliação do horário do ônibus Bike GV, serviço de transporte de ciclistas entre Vitória e Vila Velha pela Terceira Ponte, finalmente foram acatadas pela Companhia de Transporte Urbano da Grande Vitória (Ceturb-GV).
As propostas foram discutidas em reunião nessa quarta-feira (29) entre cicloativistas da Grande Vitória, a diretora de Operações da Ceturb-GV, Rosane Gilberti, e representantes da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran) de Vitória. Mas ainda não há prazo para a efetivação das mudanças.
Presente na reunião, o cicloativista Fernando Braga disse que o principal ponto é a ampliação de horário até as 23h, horário, segundo ele, acolhido pela companhia. A ideia é atender os estudantes que saem da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), da Universidade Vila Velha (UVV) ou outras instituições de ensino superior, e também restringir o trajeto do ônibus à estrita travessia da Terceira Ponte. O serviço atualmente só funciona até as 20h.
A Ceturb, no entanto, condicionou a ampliação do horário à preparação física do novo ponto de parada em Vitória. As intervenções de sinalização horizontal e vertical e instalação de placa será realizada pela Setran. Por nota, a pasta diz que o ponto do Bike GV será localizado na Rua Almiranto Foido, em Santa Helena, próximo à Praça do Cauê. A Ceturb-GV irá solicitar o início das intervenções à secretaria após definir a data de transferência do ponto.
Não é a primeira vez que os usuários do Bike GV conseguem a mudança de ponto. Em fevereiro do ano passado, três meses após o início das operações do serviço, eles conseguiram mudar o ponto em Vila Velha, que passou da Avenida Gonçalves Ledo (ao lado do Terminal do Transcol) para a rua do Canal, ao lado do Shopping Praia da Costa.
O aumento da frota também foi tratado na reunião. Braga afirma que, por exemplo, nesta quinta-feira (30), apenas um ônibus estava em operação. A frota é composta por dois veículos. O cicloativista questiona: “Como é possível haver manutenção preventiva com apenas dois ônibus, um vindo e outro indo?”.
Ele também aponta um mau efeito da frota restrita: a superlotação, indício de que a demanda está crescendo. Braga já registrou 32 bicicletas, sendo que a capacidade máxima do veículo é de 17. Na reunião, os cicloativistas sugeriram a instalação de racks externos para contornar o problema. A Ceturb-GV respondeu que irá fazer um estudo de viabilidade para instalar o equipamento.