Nesta segunda-feira (18) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e, em alusão à data, em Vitória haverá um evento no domingo (17) para marcar o dia. A data foi instituída em memória de Araceli Cabrera Crespo, assassinada há 42 anos, aos nove anos de idade, em Vitória, depois de sofrer abuso.
O objetivo da mobilização é conscientizar a população sobre o problema e incentivar a denúncia de casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
A mobilização vai ser na Praia de Camburi, em frente ao Clube dos Oficiais, das 8 às 12 horas. O Fórum Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes convida a população a participar do ato vestindo uma camisa branca.
Na segunda-feira acontece o III Seminário Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescente, que vai discutir programas e ações para mobilizar setores envolvidos em políticas de proteção às vítimas de violência.
Na programação, estão previstas, ainda, mesa-redonda, palestras, apresentações artísticas e culturais, além de exposição de projetos que englobam a proteção das crianças. Estarão presentes também representantes da Promotoria da Infância e Juventude de Vitória, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e da 1ª Vara especializada da Infância e Juventude de Vitória.
Caso Araceli
O Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual é lembrado em 18 de maio em alusão ao assassinato de Araceli Cabrera Crespo, em 1973, depois de sofrer abuso. O crime completa 41 anos neste domingo.
A menina sumiu depois de sair da Escola São Pedro, localizada em Vitória, enquanto esperava o ônibus. Ela ficou desaparecida por seis dias e foi encontrada em uma mata, nas imediações do Hospital Infantil, no mesmo município. No corpo de Araceli havia marcas de mordidas e sinais de abuso sexual. O rosto dela foi queimado com ácido, para dificultar a identificação.
O crime entrou para o rol daqueles de grande repercussão, tanto no Estado quanto no resto do País. Durante as investigações foram apontados como autores Dante Michelini Junior e Paulo Helal, ambos de famílias influentes da Capital. Eles chegaram a ser julgados em 1991, mas este foi anulado.