domingo, novembro 17, 2024
25.5 C
Vitória
domingo, novembro 17, 2024
domingo, novembro 17, 2024

Leia Também:

ONG Juntos SOS ES Ambiental contesta dados de medição do Iema

Mesmo com o início da operação da 8ª usina de pelotização da Vale, e com o terceiro alto forno da ArcelorMittal de novo em operação, a medição da média anual de poeira sedimentável na Ilha do Boi, em Vitória, surpreendentemente foi de 5,4 g/m2/mês em 2014 (média anual).
 
O valor é inferior à média de 7,22 g/m2/mês do quadriênio de 2009 a 2012. Uma redução de 25,9% na poeira sedimentável na estação de medição do Hotel  Senac, na Ilha do Boi Hotel, em Vitória. Os dados são das amostras de poeira sedimentavel das redes manuais do Iema no local.
 
Estes dados são de análise do presidente da Juntos SOS ES Ambiental, Eraylton Moreschi Junior. Ele apontou com dados, o que considera algumas razões para o descrédito do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos  (Iema). 
 
Lembrou que em 2014 o Iema terceirizou o serviço de medição de poeira sedimentável na Grande Vitória, que passou a ser realizada pela  Tommasi Analítica Ltda EPP (empresa de pequeno porte).
 
Segundo Moreschi, com a 8ª Usina de Pelotização da Vale passando a operar, houve aumento da movimentação de materiais em mais de 30%. Ele ainda acrescenta que o terceiro alto forno da ArcelorMittal, que também voltou a operar, eleva as médias de material sedimentável.
 
Ainda assim, de acordo com Moreschi, a medição média anual de poeira sedimentável foi surpreendentemente menor: 5,4 g/m2/mês (média anual), valor inferior à média de 7,22 g/m2/mês do quadriênio de 2009 à 2012, ou seja, uma redução de 25,9% na poeira sedimentável na Ilha do Boi, na estação de medição do Hotel Senac.
 
O ambientalista lembrou que as médias anuais de poeira sedimentável na Ilha do Boi (Hotel Senac) no período de 2009 até 2012 segundo dados do Iema foram de:
2009 = 7,13 g/m2/mês ( média anual ); 2010 = 7,48 g/m2/mês ( média anual ); 2011 = 7,08 g/m2/mês ( média anual ) e 2012 = 7,16 g/m2/mês ( média anual )
 
O que dá uma média geral do período de 2009 até 2012 de 7,22 g/m2/mês de poluentes sedimentáveis. “Já em 2014, surpreendentemente foi de 5,4 g/m2/mês em 2014 (média anual). Onde o desvio das medições anuais máximos em relação a média geral foram de mais 3,56% e menos 1,98%”, pontuou Moreschi, que acrescentou: “Em 2013, por incompetência da gestão do órgão, omissão, submissão, descumprimento das atribuições funcionais e outras coisas que não sabemos, o laboratório do Iema foi interditado, e neste ano quase 6 meses de dados de todas as estações foram perdidos e a série histórica interrompida”.
 
O presidente da Juntos SOS ES Ambiental também assinala que no ano de 2013 não existem relatos de ações das empresas da Ponta de Tubarão de melhorias nos seus sistemas de controle de emissões de material particulado. E o Termo de Controle Ambiental (TCA) da Vale, assinado pelo Iema, MPES e um representante da comunidade, foi dado por concluído em 2012.
 
“Os dados de 2014 não retratam a realidade vivenciada pelo cidadão morador na Grande Vitória que foi às ruas reclamar dos números de poeira jamais visto em seus lares. Foi na imprensa, reclamou e denunciou junto aos Iema, e outros órgãos. Foi a terceirização do serviço de medição da poeira sendimentável que provocou a redução de 25,9% no material medido? Ou o quê? E ainda querem que o cidadão acredite na informação do Iema!”.
 

Mais Lidas