Foram publicados nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial do Estado (DIO), os requerimentos sobre poços artesianos da Vale e da ArcelorMittal Tubarão e Cariacica. Os requerimentos são endereçados à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), e foram feitos pelo deputado Gilsinho Lopes (PR).
As empresas usam os poços artesianos em larga escala, comprometendo a água subterrânea da Grande Vitória. A água subterrânea é reserva social.
A Vale, que tinha sete poços em 2007, passou a 87 em 2015. Na CPI do Pó Preto, a empresa mentiu ao transformar os 87 poços para seu abastecimento em piezômetros (furos que servem para monitorar os níveis da água nos aquíferos). Em 2007, dos sete poços artesianos existentes, dois eram piezômetros.
A ArcelorMittal Tubarão e Cariacica são, como a Vale, grandes consumidoras da água subterrânea e também do rio Santa Maria da Vitória. A Vale também utiliza água deste rio.
O deputado Gilsinho Lopes apresentou o requerimento de informação nº 81/15, ao secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, “sobre a existência de licença ambiental no Iema [Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos] para perfuração de poços artesianos pela empresa ArcelorMittal S.A.”.
Também sobre poços artesianos, o requerimento de informação nº 82/15, igualmente do deputado Gilsinho Lopes, é referente à existência de licença ambiental para perfuração de poços artesianos pela Vale S.A.
O requerimento não explicita nem o número de poços, nem o volume de água retirado pelas empresas.