A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da “Máfia de Guinchos” ouviu na manhã desta segunda-feira (18) o coronel e diretor do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), Reinaldo Brezinski, o coordenador de pátios do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Jadir Tosta Júnior, e a coordenadora de credenciamento do Detran-ES Jaqueline de Miranda Kiefer.
A convocação tinha o objetivo de saber de quem é a ordem para a realização das blitze no Estado e qual é o órgão que demanda a liberação dos guinchos para as operações.
De acordo com Brezinski, após a municipalização do trânsito, a responsabilidade pelos serviços de guincho ficou por conta das guardas municipais. “Como o serviço é feito por cada prefeitura, acaba dificultando o trabalho de fiscalização”, afirmou. Ainda segundo ele, não é papel do Ciodes designar locais para a realização das blitze, ficando a cargo da Polícia Militar, através do Batalhão de Trânsito (BPTran).
Para a próxima reunião, na segunda-feira (25), a CPI convocará o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), e o Secretário de Segurança Urbana da capital, Fronzio Calheira Mota.
O colegiado vem recebendo uma série de convidados para tratar do assunto desde a sua instalação. O diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Fabiano Contarato, explicou como funciona o recolhimento de taxas referentes a serviços dos pátios. Já o comandante do batalhão de Polícia de Trânsito no Espírito Santo (BPTran), tenente-coronel Marcelo Rangel, responsável pelas fiscalizações na Grande Vitória, esclareceu como são escolhidos os locais de blitze.
A CPI foi instaurada pela Assembleia Legislativa no dia 26 de abril para apurar uma suposta máfia por trás dos serviços de guincho num conluio entre autoridades de trânsito, empresas rebocadoras de veículos e donos de pátios credenciados pelo Detran. A sociedade pode auxiliar os trabalhos da comissão enviando informações e denúncias para o endereço eletrônico [email protected].
