Com o fim da parceria, nada relativo à apuração de crimes, à colocação de fragmentos papilares (impressões digitais) no sistema e às pesquisas criminais está funcionando.
As verificações estão sendo feitas através do Sistema de Informações Criminais (Sinic) do Departamento Nacional da Polícia Federal, que não é baseado em impressões digitais. Desta forma, as eventuais dúvidas sobre identidade de criminosos não são sanadas.
Todo o trabalho dos peritos está sendo feito manualmente, impossibilitando as pesquisas, já que a quantidade de digitais é muito grande. Os peritos não conseguem dar respostas aos órgãos que solicitam informações, nem à população.
A Associação dos peritos papiloscópicos teme que sem a certeza quanto à identificação daqueles que cometem crimes, os processos entrem em colapso.
O Afis protege contra a emissão de documentos falsificados, a exemplo do que aconteceu em Afonso Cláudio, na região serrana do Estado, em junho de 2014, quando uma servidora do município foi presa acusada de vender documentos de identidade por R$ 50. A fraude foi constatada por uma perita papiloscópica com larga experiência em classificações de impressões.
A perita, ao analisar o cartão com as impressões digitais, observou que já tinha classificado uma impressão digital idêntica anteriormente, já que a impressão tinha um detalhe pouco comum.