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Assim como fez na área da educação com a apresentação de um programa pronto, sem discussão, sem o aval da sociedade, o Escola Viva, o governador Paulo Hartung (PMDB) também parece disposto a tratorar em sua segunda bandeira de campanha. Entregou ao vice-governador César Colnago (PSDB), conhecido por seu jogo de cintura, a coordenação dos programas de impacto social do Estado. 
 
A nota pública do Conselho Estadual de Direitos Humanos, alegando que ainda aguarda um convite para aquele cafezinho com o governador e que não foi ouvido sobre a criação da Coordenadoria de Direitos Humanos do Estado, mostra que o governo não está disposto ao diálogo, mesmo nas áreas em que foi tão mal em seus governos anteriores. 
 
Mesmo denunciado na ONU e OEA sobre violações em presídios e unidades de internaçào de adolescentes, e apesar de ter recebido duas cartas de advertência da Anistia Internacional, o governo do Estado segue em sua política surda no que diz respeito aos direitos humanos. 
 
Enquanto isso, o Estado continua em uma desconfortável posição no ranking da violência no Brasil, sobretudo no que diz respeito à violência contra a mulher e aos jovens. Muito disso é culpa da surdez das autoridades e da falta de interesse em dialogar com quem sente no dia a dia os efeitos dessa situação.
 
Até quando essa política de fórmulas mágicas vai continuar sendo a tônica do governo? Por que não se ouve a sociedade? O que faz o governo pensar que um grupo de iluminados pode decidir as ações que impactam na vida de mais de 3,8 milhões de habitantes do Espírito Santo? 
 
A primeira tentativa de tratoragem já se mostrou ineficiente. Mostrou que o Espírito Santo é outro. Mesmo assim, o governo vai tentar novamente reunir os iluminados, traçar um plano de ação para os pontos de risco social do Estado, sem saber como isso vai afetar a vida de quem está na linha de frente, sob fogo cruzado. O mínimo que se esperava era a participação social na construção dessas políticas. 
 
Fragmentos:
 
1 – A expectativa na Assembleia, e fora dela, pela participação do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), na CPI da Máfia dos Guinchos, na próxima semana, é grande.

 

2 – Em alguns municípios do interior do Estado, como em Linhares, os servidores do Estado cogitam cruzar os braços. Hartung que sempre se orgulhou de manter os salários em dia, precisa dar mais ao funcionalismo. 

3 – Na história de barrar a entrada do café do Peru no Brasil, o crédito pode ser colocado na conta do senador Ricardo Ferraço (PMDB). Sua movimentação foi intensa em relação ao tema em Brasília.

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