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CPI do assassinato de jovens negros faz audiência pública no Estado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara dos Deputados, destinada a apurar causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil realiza, na próxima segunda-feira (1) uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater a questão.

O Estado, um dos mais violentos para esta parcela da população no País, ostenta taxas de guerra civil no que se refere a homicídios de jovens negros. De acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Social 2014, que analisa a realidade da população negra com idades entre 12 e 29 anos, no Estado um jovem negro tem quase seis vezes mais chances de ser assassinado do que um jovem branco. O risco relativo de um jovem negro ser vitima de homicídio é de 5,909 em relação a um jovem branco.

O Espírito Santo é o mais violento da região Sudeste para jovens negros, com taxa de homicídios de 126,1 mortes para grupo de 100 mil habitantes. A taxa de mortes violentas de jovens brancos é de 21,3 por 100 mil.

Participarão da audiência pública o coordenador do Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes), Luiz Inácio silva da Rocha, o Lula; a representante do Observatório Capixaba da Juventude, Vivian Meira; o representante da União Geral dos Trabalhadores no Estado (UGT-ES); e a secretária Nacional de Juventude do Partido Verde, Mariana Perin.

A audiência foi proposta pelos deputados federais Evair de Melo (PV) e Jorge Silva (PROS).

O colegiado da Câmara iniciou os trabalhos em março deste ano e é presidida pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), tendo como relatora a deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ).

Um dos objetivos da comissão é apresentar um Plano Nacional de Enfrentamento a Homicídios e Violações de Direitos de Jovens Negros e Pobres, estabelecendo programas, ações e metas que possam ser acompanhadas de dez em dez anos e fiscalizadas pela sociedade civil.

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