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Bancada capixaba só se elegeu graças às coligações partidárias

A Câmara dos Deputados rejeitou por 236 votos a 206 contra e cinco abstenções,  nessa quinta-feira (28), o destaque do PSDB que pretendia acabar com a coligação para as eleições proporcionais. A maioria dos deputados federais do Estado votou a favor do projeto. Apenas os deputados Marcus Vicente (PP) e Givaldo Vieira (PT) acompanharam a maioria do plenário e votaram pela rejeição da matéria.
 
O texto defendido pelo partido assegurava coligações nas eleições majoritárias e acabava com as chapas proporcionais. Chama a atenção o posicionamento da bancada, sendo favorável ao projeto, já que todos os deputados se elegeram com a ajuda dos companheiros de chapa. 
 
Nem mesmo o deputado federal mais bem votado em 2014, o pedetista Sérgio Vidigal (161.744 votos), atingiu o quociente eleitoral mínimo (179.447 votos) para se eleger sozinho. O segundo colocado na disputa, Lelo Coimbra (PMDB), ficou bem abaixo da média, com 94.759 votos.
 
O que ajudou os candidatos foi o alto número de abstenções (18,91%), baixando o teto de votação. Mas essa não foi uma realidade apenas do Espírito Santo. Ao todo, dos 513 deputados eleitos no Brasil, apenas 35 conseguiram alcançar o quociente eleitoral projetado para seus estados e se elegeram com seus próprios votos. A maioria foi de São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil.
 
Na Assembleia Legislativa a história se repetiu, e o deputado mais bem votado, Amaro Neto (PPS), alcançou 55.408 votos, sendo que o quociente eleitoral para deputado estadual foi de 63.093 votos. O segundo colocado foi o presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), com 49.366 votos.
 
O fim das coligações poderia acabar com uma distorção, que muitas vez decepciona o eleitorado, já que ao votar em um candidato, o voto pode acabar garantindo a vaga de outro. Também evitaria que candidatos bem votados ficassem de fora da eleição. 
 
O deputado estadual Vandinho Leite (PSB) obteve 86.506 mil votos, ficando em quinto lugar na lista de votação, mas não conseguiu a vaga, justamente por causa da coligação, que só garantia uma cadeira.

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