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Saída do PMDB é sobrevivência política para Ricardo Ferraço

A afirmação do senador Ricardo Ferraço ao site da Revista Veja, de que pensa em sair do PMDB, pareceu aos meios políticos capixabas um recado para dentro do Estado. Ricardo afirmou na entrevista que sua decisão está ligada à relação, que considera submissa, do PMDB ao governo federal, mas o recado nas entrelinhas prece ser outro. 
 
Desde 2010, quando teve a possibilidade de governar o Estado disputando a eleição na cadeira de governador, retirada com a permanência do governador Paulo Hartung (PMDB) no cargo e, mais tarde com a troca do cabeça de chapa por Renato Casagrande, o peemedebista vem sofrendo um processo de afastamento do grupo de Hartung.
 
Esse afastamento teria se agravado no período pré-eleitoral do ano passado. Primeiro Ferraço tentou se viabilizar como o candidato ao governo pelo PMDB, depois, diante do interesse de Hartung, chegou a declarar apoio a Renato Casagrande, mas foi devidamente enquadrado pelo partido. 
 
Desde então a insatisfação do senador com o PMDB capixaba seria grande. A possibilidade de migrar de partido parece ser, neste sentido, uma forma de garantir sua sobrevivência política, costurando um palanque para a eleição de 2018. 
 
Com seu capital político, a tendência é de que o parlamentar dispute ou a reeleição ao Senado ou o governo do Estado. Mas a lista de lideranças que teriam mais atenção do governador não parece incluir o peemedebista. Fala-se em Sérgio Vidigal (PDT) ou Audifax Barcelos (de saída do PSB) – ambos disputam a eleição na Serra e o derrotado pode ser o candidato de Hartung ao Senado. Também tem o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), e o próprio vice-governador, César Colnago (PSDB).
 
Quanto ao governo do Estado, mesmo afirmando que não disputará a eleição, Hartung não consegue passar segurança ao mercado político. Por isso, as lideranças trabalham com a possibilidade de ele tentar a reeleição em 2018.  Isso vai depender, porém, do capital político que o governador terá naquela ocasião. 
 
Com a criação do PL, que está em vias de acontecer, a aposta das lideranças é de que este seja o caminho de Ricardo Ferraço, que já teria, inclusive, conversado com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, idealizador da nova sigla. Isso livraria o senador da lei da fidelidade partidária, dando tranquilidade para que ele construa um caminho eleitoral para 2018, sem a insegurança vivida no grupo de Paulo Hartung

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