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Delegados pedem saída de André Garcia da Secretaria de Segurança

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado (Sindepes) e a Associação dos Delegados do Estado (Adepol-ES) enviaram ofício ao governador Paulo Hartung (PMDB) nesta quarta-feira  (10) pedindo que haja uma intervenção na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O desabafo dos delegados é uma resposta aos recentes roubos a delegacias e às declarações do secretário de Segurança, André Garcia, levantando suspeita do envolvimento de policiais nos furtos.

As entidades repudiam em nome de toda categoria as declarações do secretário e, como ele não mostra confiança e respeito às instituições policiais, deveria ter a humildade de renunciar ao cargo. André Garcia também não tem apoio das categorias policiais.

De acordo com o documento, o caos e a crise inigualáveis na segurança pública do Estado atingem diretamente os servidores da Polícia Civil e são humilhantes para os policiais. As entidades salientam que os comunicados, ofícios, mensagens, críticas e nem mesmo o clamor para a adoção de providências urgentes foram considerados ou atendidos pelo secretário, ainda que os policiais alertassem sobre a grave crise operacional e administrativa que já evoluía há tempos.

Em vez de buscar soluções com planejamento, humildade e realismo, o secretário adotou uma prática de discursos contrários à obviedade dos fatos, culminando na crise instaurada.

O documento também aponta que a maioria das delegacias do Estado está abandonada, sucateada, com efetivo mal distribuído e sem qualquer segurança predial ou operacional.

Os delegados ressaltam, ainda, que não é aceitável, sendo até irresponsável, que a própria Secretaria de Segurança indique que os roubos a delegacias se relacionem a uma suposta “sabotagem” praticada por policiais antes de qualquer apuração rigorosa, baseando-se apenas em ilações ou percepções próprias, sendo que a causa de todos esses problemas decorre de falhas de gestão. “A Polícia Civil, como um dos braços armados do Estado e detentora da prerrogativa do monopólio da força estatal encontra-se acuada e em situação vexatória, situação inadmissível para a própria existência do Estado como ente soberano”, diz o documento.

Vigilância

Um ofício enviado aos 11 superintendentes regionais de polícia civil no Estado pela Chefia de Polícia determina que os delegados destaquem policiais civis para atuarem na vigilância das delegacias durante a noite.

Depois do fim dos contratos com as empresas de vigilância patrimonial e diante dos recentes roubos a unidades, foi realizada uma nova licitação para contratação de empresa, mas a demanda não vai ser suprida.

As entidades que representam policiais civis são contra a atuação de policiais na função de vigilantes, já que este é um flagrante desvio de função.

Além disso, a maioria das delegacias não tem cofre, sistema de videomonitoramento e alarme, o que deixa as unidades vulneráveis a furtos, roubos e assaltos. No interior do Estado a situação é ainda mais precária, já que muitas delegacias fecham às 18 horas e, nestes casos, policiais devem ficar de guarda na delegacia durante a noite.

Vexame

No site institucional, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol) listou o que considera o vexame da segurança pública. Trabalhar em prédios velhos e, muitas vezes interditados; e insinuar que policiais são bandidos são algumas causas apontadas pela entidade para o vexame que é a segurança pública no Estado. 

   
 
         

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