O Tribunal de Justiça do Estado (TJES) manteve o afastamento cautelar dos prefeitos eleitos de Marataízes, Jander Nunes Vidal (PSDB), e de Itapemirim, Luciano de Souza Paiva (PSB), que são investigados por suspeitas de corrupção. Nas decisões, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do tribunal destacaram a manutenção das razões apontadas pelo Ministério Público que obrigaram a medida contra a dupla. Eles são investigados por suspeitas de fraudes em licitações e contratos públicos.
Em relação ao caso de Doutor Jander, o colegiado prorrogou o afastamento por mais 30 dias. Na denúncia, o Ministério Público Estadual (MPES) acusa o prefeito de ter contratado várias empresas sem licitação com suporte em decreto de situação de emergência no município. Entre os casos apontados, a procuradoria alega que a Prefeitura teria contratado empresa que não tinha estrutura para a prestação do serviço de coleta de lixo e de limpeza, que ainda utilizava o maquinário e até mesmo servidores do município. O tucano está afastado do cargo há mais de 22 meses.
Sobre as investigações envolvendo o prefeito eleito de Itapemirim, a medida foi estendida por mais 60 dias. Doutor Luciano está afastado das funções desde o final de março. O Ministério Público instaurou um procedimento sigiloso investigatório para apurar supostos crimes, como, por exemplo, falsificação documental, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro, delitos licitatórios e organização criminosa, no âmbito da Prefeitura de Itapemirim.
São investigadas no procedimento pessoas físicas e jurídicas que estariam, segundo o MPES, compondo suposta organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos do município de Itapemirim, por meio da distribuição de contratos de serviços e obras públicas para supostos financiadores da campanha eleitoral do prefeito. O Ministério Público aponta um prejuízo na ordem de R$ 10 milhões somente em contratos para realização de shows musicais.