O Ministério Público Estadual (MPES) está investigando as denúncias de supostas irregularidades na gestão do prefeito cassado de Ponto Belo (região norte), Edivaldo Rocha Santana (PTB). O procedimento está sendo conduzido pelo promotor de Justiça, Edilson Tigre Pereira, que responde pela Promotoria de Mucurici, município vizinho. As denúncias que vão desde o atraso no repasse do duodécimo à Câmara de Vereadores até o direcionamento de licitação para empresas de familiares provocaram a cassação de Edivaldo, em dezembro do ano passado.
Todas as acusações feitas na Câmara contra o então prefeito estão sendo apurada em procedimentos administrativos pelo órgão ministerial. Por conta das suspeitas, o promotor Edilson Tigre já solicitou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a realização de uma auditoria extraordinária na Prefeitura de Ponto Belo. Segundo informações do MPES, os auditores do tribunal chegaram ao município na última terça-feira (9) para iniciar os trabalhos.
Entre os pontos investigados aparecem: contratação irregular de advogado, já que o município tem Procuradoria própria; existência de servidores em desvio de função; atraso no repasse do duodécimo à Câmara; falta de resposta a pedidos de informações feitas pela Câmara à Prefeitura; contratação irregular de assessoria jurídica; e direcionamento de licitação a empresa de propriedade de parente; gastos excessivos com locação de máquinas; irregularidades em aditivos contratuais; bem como a retenção de salário dos servidores relativos a empréstimo consignado sem o devido repasse à instituição bancária.
No ano passado, o então prefeito foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que recomendou a cassação do mandato pela prática das irregularidades. No dia 12 de dezembro, sete dos nove vereadores de Ponto Belo votaram pela cassação de Edivaldo. Com a saída do prefeito eleito, quem assumiu o cargo foi o vice Sérgio Murilo Moreira Coelho (PSDB).
