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Magistério da Serra deflagra greve com operação tartaruga

Os professores do magistério da Serra deflagraram greve nesta terça-feira (16) com uma operação tartaruga. As aulas do turno matutino iniciaram às 9 horas e a do vespertino terão início às 15 horas. Durante a manhã, os professores realizaram uma panfletagem no entorno das escolas municipais, ressaltando a importância do movimento.

Em carta aberta à comunidade da Serra, os professores enumeram os motivos para o movimento. Os professores alegam que estão em negociação com a prefeitura desde março, mas não tiveram as reivindicações atendidas.

Na carta, os professores apontam que a Lei do Piso Nacional não é cumprida no município; que os professores aposentados que buscam o Instituto de Previdência do município são desrespeitados; e que muitas escolas da rede municipal não têm estruturas adequadas, principalmente para o atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais.

Durante o movimento, os professores também vão visitar as escolas para promover a mobilização da greve e informar à comunidade sobre os motivos da paralisação.

A greve foi aprovada pelos professores por conta do não cumprimento da Lei do Piso. As perdas salariais da categoria com base na inflação, somente no mandato do atual prefeito Audifax Barcelos (PSB), já chegam a 31,47%, enquanto a perda histórica é de 39%.

Depois de várias rodadas de negociações na prefeitura e reuniões com os vereadores, a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito não é considerada satisfatória pela categoria. A prefeitura propõe o pagamento parcelado de parte das perdas, sendo 2% em junho deste ano, 3% em novembro, e 4% em abril de 2016, totalizando reajuste de 9%. Os professores pleiteiam o pagamento do reajuste de 11,18% imediatamente.

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), o índice de 9% de reajuste não repõe as perdas salariais nem recupera o poder de compra dos salários dos professores. Em 2013 não houve reajuste para o magistério do município e em 2014 a categoria teve 6%, referente ao reajuste da inflação.

Nesta quarta-feira (17), os professores vão protestar na Câmara do município contra a proposta de reajuste da prefeitura, que está em pauta para ser votada.

Vila Velha

Os professores do magistério de Vila Velha realizam assembleias durante toda esta terça-feira para decidir se paralisam as atividades por tempo indeterminado. A assembleia do turno matutino foi realizada às 9h30, no auditório da Faculdade Novo Milênio, em Coqueiral de Itaparica, seguida de manifestação em frente à prefeitura. Para o turno vespertino, será às 15h30, na Praça Duque de Caxias, no Centro, de onde sairão em passeata até à Câmara de Vereadores.

A categoria decretou estado de greve no mês de maio diante do descaso do município com as reivindicações do magistério. Os professores reivindicam 13,99% de aumento, que é a reposição necessária para recompor as perdas com a inflação. Esse índice se refere somente ao período de administração do prefeito Rodney Miranda (DEM). As perdas históricas, aquelas que não foram corrigidas ao longo dos anos, já chegam a 40%, desde 1994.

O magistério de Vila Velha recebe um dos piores salários da Grande Vitória, além de não ter direito ao vale-alimentação, ao contrário das demais redes municipais. Também foram feitos cortes significativos nos planos de aplicação das escolas com redução de verbas e desvalorização dos trabalhadores. Os professores querem a nomeação dos aprovados no concurso 002/12 e o retorno da gestão democrática, em que a comunidade escolhe diretores e coordenadores das escolas.

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