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Sindipol se solidariza com policiais civis que atuaram na Operação Derrama

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) divulgou nota de repúdio nesta sexta-feira (26) contra a tentativa de desmoralização e enfraquecimento das prerrogativas constitucionais da Polícia Judiciária. A nota faz se refere às investigações da Operação Derrama. A operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc) levou dez ex-prefeitos para cadeia por suspeita de fraudes na arrecadação de tributos.

Para o Sindipol, os delegados que participaram da Derrama foram injustamente execrados publicamente na CPI da Sonegação em retaliação aos trabalhos realizados na operação, numa tentativa de intimidar e amordaçar a Polícia Civil.

A entidade prestou solidariedade aos policiais que participaram da operação, cumprindo o dever de defensores da sociedade. O Sindipol defende a autonomia administrativa, financeira e funcional da Polícia Civil com o objetivo de tornar a instituição forte, independente e não submissa às ingerências políticas.

CPI

Na última terça-feira (23), o delegado Rodolfo Laterza, que conduziu as investigações da Operação Derrama foi ouvido na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação de Tribunos, na Assembleia Legislativa, e se prevaleceu do direito de não responder às perguntas dos deputados, justificando que isso prejudicaria o andamento processual, já que há desdobramentos da operaçào em curso. Dentre os presos na operação estavam o deputado Guerino Zanon e Edson Magalhães, além da mulher do presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço, a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM).

Na sessão de quarta-feira (24), Zanon afirmou que o delegado não respondeu as 80 perguntas que lhe foram feitas porque “não tinha nada a responder.  É um canalha, que depois de fazer o mal-feito, quando é arguido, só lhe resta calar”, disse.

Sobre os ataques de Zanon, o delegado, por meio de nota, afirmou que as agressões verbais do deputado, investigado e na Operação Derrama, “não se coadunam com a necessária sobriedade da atividade parlamentar, e que a imunidade parlamentar não deve ser um instrumento para este tipo de ataque de ordem pessoal”.

Além disso, segundo o delegado, a atuação de Zanon na CPI da Sonegação também desqualifica sua fala, já que o deputado “deveria ter se filiado às restrições impostas  pela lei processual penal em virtude de ter sido parte envolvida na persecução penal como investigado e preso cautelarmente, havendo inclusive desvirtuamento na condução da referida CPI . Ademais, as entidades de classe de defesa dos delegados de polícia estudam medidas judiciais cabíveis para impedir quaisquer tipos de ameaças ou atentados à honra e dignidade de todos delegados de polícia envolvidos na sobredita Operação”, conclui a nota.

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