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Comunidades da Serra estudam ação no MPF contra pedágio da ECO-101

Após serem impedidos pela Justiça de se manifestarem contra a ECO-101, a concessionária da BR-101, os moradores da Serra agora estudam entrar com uma ação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo o cancelamento do pedágio instalado no bairro Cidade Nova da Serra. A informação é do líder comunitário de Jardim Bela Vista, Edson Reis, um dos notificados pela Justiça em ação movida pela ECO-101.
 
A decisão estipulou multa de R$ 250 mil por hora caso as comunidades notificadas provocassem perturbação no trânsito durante manifestação marcada para a última sexta-feira (17) em frente à sede da empresa, na Serra. O protesto não ocorreu. Os moradores reivindicam melhorias para os bairros impactados pela rodovia. Mas, destacam, a ECO-101 responde que não pode arcar com as obras porque elas não estão previstas no contrato de concessão.
 
No mesmo dia, uma audiência pública ocorreu entre comunidade e representantes do Ministério Público Federal (MPF), Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Prefeitura da Serra, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ECO-101, para discutir a situação.
 
Segundo Edson Reis, a audiência não provocou avanços na discussão. “Só mostrou que a gente quer conversar. Quem não quer conversar são eles”, diz, em referência à concessionária. O morador conta também que, após a postagem do vídeo em sua página no Facebook em que relata a história da notificação judicial, tem recebido manifestações de apoio de comunidades de norte a sul do Espírito Santo. “Muita gente está reclamando da ECO no Estado todo”, diz.
 
Na Serra, o grande problema é o pedágio de R$ 4,10, que prejudica quem precisa ir até Fundão, por exemplo. O valor é considerado alto para as poucas melhorias que a empresa até agora empreendeu. O pedágio atinge diretamente os moradores do bairro Santiago da Serra, que, para realizar atividades simples e cotidianas, como ir à farmácia, precisam antes honrar o pedágio.
 
A decisão da Justiça que impediu o protesto atingiu a Federação das Associações de Moradores de Serra, Assembleia Municipal do Orçamento, e das associações de moradores dos bairros Santiago de Serra, Jardim Bela Vista, Divinópolis, Cidade Nova da Serra, Campinho da Serra I, Continental e Movimento Popular de Serra.

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