O primeiro contrato da Sedu com a empresa Século XXI Produções Artísticas que aparece no Diário Oficial do Estado é de fevereiro de 2011, e prevê dois anos de locação a R$ 20 mil mensais. Desse período que há registro até dezembro de 2015, quando termina o contrato, o Estado terá pago R$ 1,1 milhão de aluguel aos donos do imóvel.
O problema não é só a demora para a conclusão das obras da Dr. Silva Mello e o dinheiro público gasto com a locação por um período tão longo, os alunos se queixam das péssimas condições de infraestrutura do atual prédio.
A presidente do Grêmio Estudantil Helenira Rezende, Alessandra Abib, 17 anos, diz que a estrutura do prédio alugado põe em risco alunos, professores e funcionários. Ela conta que há pedaços de paredes se soltando pelas salas e corredores da escola. As placas de borracha do piso também estão soltas. “Há vários salas de aula interditadas por causa do risco. O laboratório de informática não funciona e a biblioteca está inapropriada para uso”, lista a estudante.
Em repúdio à paralisação das obras de reforma da Dr. Silva Mello, o grêmio organizou um grande protesto para está terça-feira (27). Os alunos se concentram na Praça Itapemirim, em Muquiçaba, em vão em passeata até a Dr. Silva Mello, em Itapebussu. Em seguida, seguem para Rua Horácio Santana, no Parque da Areia Preta, Centro, onde funciona há mais de cinco anos a escola “provisória”.
O protesto desta terça-feira é o segundo do ano. Em março deste ano os alunos também foram às ruas pedir que o governo do Estado finalize as obras da escola Dr. Silva Mello.