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Coronel Carvalho desmente depoimento de Danilo Bahiense

O delegado Danilo Bahiense, ouvido nessa terça-feira (25), foi a segunda (e última) testemunha de acusação da Promotoria no júri popular dos acusados de mando da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. 

Durante seu depoimento, Bahiense usou uma frase de efeito para incriminar o coronel Walter Gomes Ferreira (foto) como mandante do crime. “Quando Alexandre transferiu Ferreira para o Acre, o algemou em frente às câmeras, Ele assinou sua sentença de morte”, vaticinou Bahiense.

 
A frase emblemática virou manchete no jornal A Gazeta desta quarta-feira (26): : Juiz assinou sentença de morte ao algemar Ferreira”. Na versão do delegado, a motivação para Ferreira tramar o crime do juiz seria vingança. O coronel da PM teria ficado contrariado com a decisão do juiz Alexandre de ter autorizado a transferência do oficial da PM do Quartel de Maruípe para um presídio de segurança máxima em Rio Branco, no Acre. Segundo a versão de Bahiense, Ferreira teria ficado especialmente irritado com a decisão do magistrado, que teria autorizado que o coronel fosse algemado. 
 
 
O então comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Carvalho Loureiro, rebate a versão do delegado. Ele diz que comandou a transferência de Ferreira. “O coronel Ferreira não foi algemado em nenhum momento”, garantiu o coronel da reserva.
 
Segundo Carvalho, Ferreira foi levado do Quartel de Maruípe, onde estava preso, para fazer exame de corpo delito no Hospital da Polícia Militar (HPM), sempre sem algemas. Ele também disse que entregou o coronel aos delegados da Polícia Federal, encarregados de escoltar Ferreira na transferência para o presídio de segurança máxima, em Rio Branco, Acre, também sem algemas. “Foi feito um acordo com os delegados da PF, que previa as seguintes condições. Não algemá-lo; não expor o coronel à imprensa; garantir que um oficial da PM acompanhasse o coronel; e efetuar o exame de corpo delito”. Ele acrescentou que acompanhou Ferreira até o aeroporto. “Ele subiu a escada para entrar no avião também se algemas, como havia sido acordado com os delegados da PF”.  
 
Segundo Carvalho, todo esse procedimento foi feito sem algemas. O coronel repetiu que o delegado Bahiense mentiu ao afirmar que o juiz Alexandre teria assinado sua sentença de morte ao mandar algemar o coronel Ferreira. “Isso não aconteceu. Basta pedir as imagens para os jornais e TV que resgistraram a prisão para confirmar que o coronel não foi algemado”, ressaltou Carvalho.

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