O júri popular dos acusados de mando da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho deve ir até o próximo domingo (30). A previsão é do juiz Marcelo Soares Cunha, que preside o julgamento. Inicialmente, a expectativa era de que o resultado do caso fosse conhecido até esta sexta-feira (28), porém, a complexidade dos depoimentos de algumas testemunhas estendeu o prazo. Estão sentado no banco dos réus, oficial reformado da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, e o ex-policial civil e hoje empresário, Cláudio Luiz Andrade Batista, o Calú.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, a previsão é de que o interrogatório dos acusados seja realizado ainda neste sábado (29). O início da oitiva dos réus depende da conclusão da fase de leitura de peças dos autos, iniciada por volta das 15h30 desta sexta-feira. A estimativa do juiz é de que a leitura em plenário dos documentos indicados pela promotoria e defesa se estenda por 12 horas. Essa é a última vez que os documentos poderão ser lidos aos sete jurados que compõem o Conselho de Sentença, responsável pelo julgamento.
Todas as 11 testemunhas do caso (clique nos links para conferir o relato dos depoimentos), entre as arroladas pela acusação e a defesa dos réus, já foram ouvidas: o juiz Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e o delegado Danilo Bahiense, pelo Ministério Público; o ex-deputado federal Neucimar Fraga e os coronéis aposentados da PM, Júlio Cesar Lugato, Carlos Augusto de Oliveira Ribeiro e Luiz Sérgio Aurich, pela defesa do Coronel Ferreira; além do perito Mauro Juarez Nadvorny, o delegado aposentado da Polícia Civil, André Luiz Cunha Pereira, o advogado criminalista Antônio Franklin Cunha, e os executores do crime, Odessi Martins da Silva Junior, o Lumbrigão, e Giliarde Ferreira, arroladas pela defesa de Calú.
Os trabalhos do Tribunal Popular do Júri foram iniciados no final da manhã da última segunda-feira (24). Segundo a assessoria do TJES, até o momento, a segurança teve que retirar cinco pessoas que estavam no salão do júri portando indevidamente celular. É determinação do juiz que ninguém entre no recinto com aparelhos eletrônicos e nem com celulares desligados. A segurança do júri não tem autorização para guardar telefones e nem bolsas. O julgamento acontece no Cineteatro da Universidade de Vila Velha (UVV) com início dos trabalhos a partir de 9 horas.