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Após acidente fatal na Serra, ciclistas pedem comissão de segurança no trânsito

Em carta enviada ao governador Paulo Hartung, ciclistas e cicloativistas do Espírito Santo listam uma série de medidas de humanização do trânsito. Sandro Oliveira, presidente da Federação Espírito Santense de Ciclismo (Fesc), entidade que subscreve o documento, destaca a criação de uma comissão de segurança para o trânsito, formada por ciclistas, poder público e comunidade em geral.
 
No último sábado (29), uma caminhonete atropelou e matou o ciclista Danilo Simões na Rodovia Audifax Barcelos, na Serra. O motorista fugiu sem prestar socorro. Danilo pedalava há mais de 30 anos e integrava um grupo de ciclistas profissionais. Nessa terça-feira (1), cerca de 1.300 ciclistas se reuniram em protesto por mais segurança.  A carta alerta as autoridades capixabas para  as atrocidades que vem ocorrendo no trânsito capixaba: “Nos últimos anos o número de mortes vem crescendo de forma assustadora”.
 
O documento aponta a solução para o equilíbrio entre vias rápidas e zonas de tráfego calmo. É um ponto que ciclistas e cicloativistas sempre destacam. As cidades capixabas ainda não dispõem de estrutura cicloviária consistente, as ciclovias são desconectadas entre si, a sinalização é precária: um conjunto de fatores que põe o tráfego de ciclistas em risco. 
 
O texto chama atenção para o controle da velocidade dos carros nas vias para conferir aos ciclistas, que muitas vezes precisam disputar espaço nas ruas com os carros.
 
O documento cobra também que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES) fiscalize os veículos, com implantação da Inspeção Veicular Obrigatória, e que o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) da Polícia Milita faça a remoção das vias dos veículos com pendências de segurança.
 
O Detran-ES é mais uma vez cobrado para a realização de campanhas educativas de convivência motoristas, ciclistas e pedestres. O documento destaca que, devido ao conhecimento ainda baixo das regras de trânsito com foco no ciclistas, que a campanha seja veiculada por mais de seis meses e seja realizada abordagem de rua por agentes de trânsito.
 
O incentivo ao uso de transporte público também é lembrado. O documento cobra a aceleração “da implantação de uma solução de transporte público de massa, e que ele conte com conforto suficiente para que qualquer cidadão”. Mas, como se sabe, o governo Paulo Hartung cancelou a implantação do BRT (vias exclusivas para ônibus), o principal projeto de mobilidade urbana da Grande Vitória.

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