Na próxima semana, a entidade vai convocar o Conselho Deliberativo para fazer a avaliação final da proposta. A proposta da FUP foi elaborada durante a 5ª PlenaFUP, realizada em Guararema, São Paulo, e contempla a proteção do pré-sal diante da ameaça do Projeto de Lei 131/15, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que prevê que transfere para petrolíferas internacionais os 30% das jazidas do pré-sal reservados para a Petrobrás, além de retirar da Petrobras a posição privilegiada de operadora única da exploração do pré-sal, previstas na Lei da Partilha.
Além disso, os petroleiros querem a defesa da Petrobras contra desinvestimentos, a venda e ativos e uma possível privatização.
A contraproposta da empresa, no entanto, foge completamente do que foi proposto pelos trabalhadores, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro-ES). Neste momento, os trabalhadores não estão fazendo negociação salarial, e sim tentam manter a empresa integrada.
No Estado, pela primeira vez, a empresa propôs negociar com cada subsidiaria separadamente, em claro indicio do fatiamento da Petrobras.
É a primeira vez na história que os petroleiros podem ter uma acordo coletivo diferente entre as categorias e com diferentes remunerações.
Os trabalhadores também reivindicam uma a política de segurança que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de gestão que já matou 16 trabalhadores só este ano; fortalecimento da Petrobras como empresa integrada de energia, através da manutenção da BR Distribuidora e da incorporação da Transpetro; garantia de que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobrás, em benefício do povo brasileiro; suspensão da venda de ativos e conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima (PE) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Mato Grosso do Sul (Fafen-MS); e preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil.