Após o feriadão, a CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, retoma as atividades na próxima segunda-feira (14). Foram convocados Carlos Augusto Lopes, ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Francisco de Moraes, presidente do Instituto de Proteção e Defesa dos Proprietários, Condutores de Veículos, Consumidores e Cidadão no Espírito Santo (IDPVAT), e Dionísio Gomes, ex-gerente financeiro do Detran-ES e pai do dono do Central Park, maior pátio de estocagem de veículos da Grande Vitória.
O depoimento de Dionísio Gomes deve ser um dos mais esperados. No início de agosto, a CPI ouviu Dionísio Gomes Júnior sobre o funcionamento da Central Park. Foi uma das sessões mais reveladoras da CPI. Na ocasião, verificou-se que as proprietárias legais da empresa são a mãe e a tia de Júnior, embora ele administre de fato a empresa. Criada em 2007, Central Park arrecada hoje R$ 250 mil por mês em média.
O dono do pátio também provocou estranheza ao revelar a realização de três doações feitas em 2008 pela empresa à Associação dos Servidores Policiais Militares do Batalhão de Trânsito (Assetran), entidade investigada pelo Ministério Público Estadual (MPES) pela denúncia de recebimento de doações de R$ 3,8 milhões de várias empresas da Grande Vitória.
Dionísio Gomes, foi gerente-financeiro do Detran-ES entre 2004 e 2006, durante a gestão do atual secretário estadual de Ações Estratégicas, Evaldo Martinelli, criador do atual sistema de contratação de pátios. Martinelli foi sabatinado pela CPI em 10 de agosto.
A CPI da Máfia Dos Guinchos foi prorrogada por mais um ano na sessão do último do 1° de setembro, a pedido do presidente, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD).
