A Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Seammam) convoca a população para as consultas públicas que serão realizadas nas próximas segunda, terça e quarta-feiras (28,29 e 30), sempre às 19 horas, com o objetivo de debater a criação de três unidades de conservação (UCs) na Capital: Fradinhos, Lagoa da Pedra e Baía das Tartarugas.
Segundo o secretário Max da Mata (PSD), em chamado feito por meio das redes sociais, as unidades permitirão ampliar o percentual de áreas protegidas em Vitória, que hoje é de 40%, além de garantir o acesso da população a espaços históricos – sítios arqueológicos – que ainda não receberam a devida proteção e divulgação.
A primeira proposta a ser debatida será a criação do Parque Natural Municipal de Fradinhos, na próxima segunda-feira (28), no Clube Social Anchieta (Anchietinha). A unidade é demanda antiga da comunidade e está planejada para uma área de 60 hectares (60 campos de futebol ou 600 mil metros quadrados), entre o Parque da Fonte Grande e a Pedra dos Olhos. O secretário aponta a intenção de realizar, no local, trabalho de reflorestamento para proteger encostas e evitar erosões. “Vamos proteger sítios arqueológicos de mais de 2.000 anos e importantes nascentes”, garantiu.
Na terça-feira (29), será a vez de apresentar o projeto de criação da UC Lagoa da Pedra, em audiência no Restaurante Fazendinha. A área em discussão é para um parque inicialmente com oito hectares, mas que pode ampliar seus limites com a incorporação de outra área vizinha. A prefeitura considera que no local, ao lado do bairro Estrelinha, há um “belo e único conjunto paisagístico”.
Já a última unidade de conservação levada à consulta, na próxima quarta-feira (30), na Associação de Moradores e Proprietários da Ilha do Boi, será a Baía das Tartarugas. A proposta, diz o secretário, pretende proteger a baía do Espírito Santo e um conjunto de ilhas costeiras onde “aves migratórias encontram abrigo, alimentação e sítios de reprodução”. A unidade incorporaria a área do Parque Atlântico e Ponta Formosa.
“Outro benefício é promover maior ordenamento das atividades de extração e utilização de recursos pesqueiros, impactados constantemente por ações predatórias, como a pesca ilegal”, acrescentou Max. O secretário informa que a proposta tem sido debatida em parceria com o Projeto Tamar, o Instituto Baleia Jubarte, Instituto O Canal, Últimos Refúgios e Ecomares.
A Capital tem, atualmente, 14 parques municipais. Muitos deles, porém, sequer têm Plano de Manejo e Conselho Gestor.