O PSDB tem feito uma série de encontros municipais no Estado e sempre sai dessas atividades com novas filiações. A aposta dos meios políticos é que o partido possa sair desse período de troca-troca de siglas como um dos mais fortalecidos para a disputa de 2016.
Além de prefeitos e vereadores, o partido tem atraído também lideranças em condições de agregar competitividade às eleições municipais. Neste sentido, a tendência é de que o partido melhore seu desempenho na conquista de prefeituras, que em 2012 caiu de 13 para apenas seis.
Ter uma boa base pode ajudar a criar musculatura política para a disputa estadual, mas o congestionamento de quadros novos fortes pode criar problemas para os chamados históricos. A presença de Ricardo Ferraço (PMDB), em seu iminente retorno ao ninho tucano, por exemplo, como apontou a coluna Socioeconomicas dessa segunda-feira (21), pode trazer problemas de acomodação para o vice-governador César Colnago em 2018.
A ida de Paulo Hartung para o partido, caso se confirme, pode prejudicar a movimentação do deputado federal Max Filho, que também estaria visando a uma disputa ao governo do Estado num futuro próximo. No entanto, a ída de Max Filho para o PSDB, de certa forma, atrapalhou a articulação de Luiz Paulo Vellozo Lucas em 2014. O ex-prefeito de Vitória ficou na suplência da Câmara dos Deputados e o tucano mais novo ficou com a vaga.
Outra leitura dos meios políticos é da movimentação interna que é feita separadamente e às vezes conjuntamente com Colnago e Max Filho. Os dois são os tucanos mandatários com maior musculatura dentro da agremiação. Ambos têm circulado pelo Estado fortalecendo seus grupos dentro do partido. Daí a impressão de que haveria uma ação para fortalecer suas bases dentro do partido, visando uma possível disputa interna, no futuro, em favor dos interesses de cada um.