O deputado Bruno Lamas (PSB) defendeu na sessão desta terça-feira (22) seu companheiro de partido Carlos Lopes, ex-diretor do Detran-ES. Ele solicitou a Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Guinchos, que ouçam Lopes novamente para que ele tenha direito de se defender das acusações.
Isso porque nessa segunda-feira (21), na reunião do colegiado, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) pediu, e foi acompanhado pelos colegas no pleito, a prisão preventiva de Lopes, em cuja gestão a área foi contratada por licitação, segundo disse em depoimento à CPI no último dia 14. Para os membros da comissão, Lopes, que comandou o órgão entre março de 2013 e janeiro de 2015, omitiu informações à CPI.
O motivo é o contrato de aluguel em um pátio no município da Serra. Segundo a CPI, o Estado estaria desembolsando R$ 178 mil por mês com o aluguel do espaço. Lamas afirmou que houve um processo licitatório para a aquisição do pátio, no qual participaram oito empresas, sendo cinco que foram encaminhadas para a fase final da licitação. Ele disse ainda que a implantação do pátio aconteceu na gestão do ex-diretor do Detran-ES Fabiano Contarato.
O deputado foi sucedido na tribuna pelo deputado Marcelo Santos (PMDB), que é membro da CPI, e afirmou que ficou claro para os membros da CPI que houve toda a força para que não se realizassem os leilões nos pátios.
O deputado Euclério Sampaio (PDT) pediu aparte para entornar o caldo de vez. O pedetista disse que o ex-diretor do Detran fez uma série de irregularidades. Bruno Lamas rebateu, dizendo que Lopes era honesto. Daí houve nova réplica de Euclério, com a afirmação do deputado do PDT de que “as cadeias estão cheias de inocentes” e disse que deputados novatos não devem tentar desconstruir os discursos dos mais experientes.
Bruno Lamas, discutindo matéria, abriu espaço para cutucar novamente o pedetista, dizendo que ser novato não é desprestígio para ninguém. “Se grito resolvesse alguma coisa, o Flamengo seria sempre campeão”, ironizou Lamas.