Com 41,9% dos votos, o atual reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte (Chapa 3), superou seus dois concorrentes, mas não conseguiu evitar o segundo turno. Ele vai defender sua reeleição contra Gláucia Abreu (Chapa 1), que obteve 29,9% dos votos. A Chapa 2, de Marcel Olivier, obteve 25,1% dos votos. A votação do segundo turno está marcada para o dia 6 de outubro. Os votos brancos e nulos somaram 3,1%.
Como esperado, mesmo com o modelo de voto paritário, os estudantes tiveram baixíssima participação: apenas 20,9% (5.785 alunos) votaram. E, como esperado, mesmo com o voto paritário, a eleição reproduziu o índice histórico de alta participação dos professores – 74,3% (1.213) – e dos servidores – 71,8% (1.578).
De forma geral, os estudantes não se sentiram representados pelas propostas de nenhum dos três concorrentes. Nessa terça-feira (22), dia da eleição, muitos exibiam um adesivo com a hashtag #NãoMeRepresentam colado na camisa. Ou seja, os três reproduziram também a conduta histórica de relegar as pautas estudantis ao segundo plano.
O primeiro turno foi marcado pelo pouco tempo destinado pelo calendário eleitoral às campanhas. Foram apenas duas semanas de campanha, o que contribuiu para esfriar o debate eleitoral, já que não houve tempo suficiente para apresentação de propostas. No meio acadêmico, corre a impressão de que Centoducatte comprimiu o calendário para desfavorecer os concorrentes.
A Chapa 3 venceu entre os estudantes, com 2.511 votos contra 1.748 da Chapa 1 e 1.370 da Chapa 2. Venceu também entre os professores, com 629 votos, contra 417 da Chapa 1 e 131 da Chapa 2. Entre os servidores, a Chapa 2 saiu vencedora, com 645 votos, contra 394 da Chapa 1 e 479 da Chapa 3.
Conclusão: a missão de Reinaldo Centoducatte para se manter no cargo não será fácil.