A Prefeitura de Vitória cancelou as consultas públicas que começariam na próxima semana para debater com a sociedade a criação de três novas unidades de conservação (UCs) na Capital. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira (24), três dias depois da convocação feita nas redes sociais pelo então secretário de Meio Ambiente, Max da Mata (PSD).
As consultas seriam realizadas nas próximas segunda, terça e quarta-feiras (28, 29 e 30), para apresentar as propostas de parques municipal de Fradinhos, Lagoa da Pedra e a Baía das Tartarugas.
O atual secretário, Paulo Barbosa, não define novo prazo. Diz, apenas, que “as consultas serão reagendadas e, posteriormente, divulgadas, para que haja expressiva participação popular”.
A troca de comandantes na pasta foi consolida nessa terça-feira (22) e Max era o responsável pela condução do processo para criação das UCs. O cancelamento dos encontros, já agendados e organizados, teria motivação política. Max e o prefeito Luciano Rezende (PPS) romperam a antiga aliança, o que culminou com sua saída da pasta. O ex-secretário retornou nessa quarta-feira (23) ao seu mandato de vereador em Vitória.
Na convocatória, o ex-secretário destacou que as novas unidades permitirão ampliar o percentual de áreas protegidas em Vitória, que hoje é de 40%, além de garantir o acesso da população a espaços históricos – sítios arqueológicos – que ainda não receberam a devida proteção e divulgação.
A proposta do Parque Natural Municipal de Fradinhos é demanda antiga da comunidade e está planejada para uma área de 60 hectares (60 campos de futebol ou 600 mil metros quadrados), entre o Parque da Fonte Grande e a Pedra dos Olhos.
Já o projeto de criação da UC Lagoa da Pedra o é para um parque inicialmente com oito hectares, mas que pode ampliar seus limites com a incorporação de outra área vizinha, para proteger um “belo e único conjunto paisagístico”.
No caso da Baía das Tartarugas, o objetivo é conservar a baía do Espírito Santo e um conjunto de ilhas costeiras. A unidade incorporaria a área do Parque Atlântico e Ponta Formosa.
A Capital tem, atualmente, 14 parques municipais. Muitos deles, porém, sequer têm Plano de Manejo e Conselho Gestor.
