A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Contraf considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.
O calendário de greve foi aprovado diante da intransigência dos banqueiros em atender às reivindicações da categoria. A partir da próxima quinta-feira (1) iniciam as assembleias de bancários em todo o País, inclusive no Estado, em que a proposta da Fenaban será avaliada e o indicativo de greve votado.
Para o comando, a proposta rebaixada vem justamente no momento que o setor lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A proposta apresentada é a pior dos últimos anos.
Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.
A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e seqüestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.
Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.