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Nova candidatura de Homero Mafra pode ampliar campo para vitória da oposição, projeta André Moreira

Nos últimos seis anos, o advogado André Luiz Moreira surgiu como o principal nome da oposição à gestão de Homero Junger Mafra, que anunciou esta semana que vai disputar um terceiro mandato à frente da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES). Mesmo derrotado nos pleitos de 2009 e 2012, ele acredita que a oposição tem chances reais de vitória contra o grupo da situação.

André Moreira defende a unificação dos opositores em torno de um só nome para a disputa. Para isso, ele pede maturidade aos pré-candidatos de oposição para uma “visão além de projetos pessoais”. Apesar de não ter lançado o seu nome para uma nova investida contra o grupo de Homero, André Moreira deve atuar como um importante cabo eleitoral.

O ex-candidato confirma a proximidade com o grupo da procuradora do Estado, Santuzza da Costa Pereira, que circula como pré-candidata à disputa, devido ao apoio recebido no último pleito. Entretanto, ele defende uma composição entre ela e o outro pré-candidato, José Carlos Rizk Filho, sob pena de uma nova vitória de Homero – que foi o nome encontrado dentro do seu grupo intitulado “A voz do advogado” para substituir o então candidato, Luciano Machado, atual secretário-geral da OAB-ES.

“A oposição que construímos nas eleições de 2009 e 2012 ganhou corpo junto aos advogados e há uma sensação generalizada de que o modelo de gestão populista e irresponsável, esgotou-se. Os advogados sabem que não é possível que a administração da Ordem continue a ser uma ‘ação entre amigos’, apartada cada vez mais dos interesses reais da advocacia. E, sabem também que, por isso, é necessária e urgente a superação do modelo de política que é a marca registrada da atual gestão”, pontua André Moreira.

Para ele, o foco da oposição não deve ser apenas à disputa, mas sim um amplo debate junto à classe: “O problema não é só ganhar a eleição, mas é construir uma gestão para reconstruir uma Ordem falida, do ponto de vista financeiro e moral”. André Moreira cita dois grandes desafios para o futuro: o combate à precarização do trabalho e a má remuneração dos profissionais, além da retomada da representatividade da instituição junto à sociedade e aos poderes públicos.

“A perda de qualidade de nossa representação é o que, por sua vez, explica o agravamento dos abusos de autoridade cometidos contra advogados; prisões e invasões de escritórios tornaram-se frequentes e, quando muito, houve respostas tardias e ineficientes por parte da seccional. A verdade é que, nos últimos anos, enquanto poucos escritórios enriqueceram e poucas carreiras foram catapultadas, a OAB se encontra falida e a advocacia abandonada”, opina.

De acordo com o calendário eleitoral, o prazo para registro das chapas vai do dia 2 até 20 de outubro. A votação acontece no próximo o dia 19 de novembro, das 9 às 17 horas.

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