A trajetória profissional de Paulo Maia teve início no jornal O Diário, no fim da década de 1950, quando começou a carreira como contínuo. Pouco tempo depois, deixou o trabalho administrativo e migrou para a redação do Diário, deixando o irmão, Pedro Maia, falecido em fevereiro de 2014, no seu lugar. Pedro, assim como o irmão, também migrou para a redação do jornal construindo uma carreira sólida na área.
No fim da década de 1960, Paulo saiu do Diário e teve uma passagem pelo jornal A Tribuna até se firmar em A Gazeta, de onde só saiu em 2010, já aposentado. O amigo de Paulo Maia, Rubinho Gomes, conta que, para os amigos, Paulo dava apoio incondicional, aceitava as divergências e não deixava que elas abalassem a amizade. “É um companheiro inesquecível”, diz ele.
Paulo Maia foi casado por duas vezes e teve duas filhas com a primeira mulher, Iacy, Liliane e Tânia. Do segundo casamento, com Graça, nasceram Paulo Maia Filho, Yara, Juliana e Rodrigo. Paulo deixa, ainda, 12 netos e cinco bisnetos.
Tânia, filha de Paulo, conta que o pai era brincalhão, mas exigente em termos de compromisso, exigia que os filhos fossem pessoas de bem. Ela ressalta que, mesmo depois de aposentado, continuou trabalhando, mantinha um blog e revisou e organizou o livro O Caso Lena, lançado em 5 de fevereiro deste ano, e escrito pelo irmão Pedro Maia.
Paulo ainda planejava escrever, com a ajuda do delegado aposentado José Barreto de Mendonça, um livro sobre os grandes crimes do Espírito Santo, incluindo o caso Aracely.
Depois da aposentadoria, Paulo passou boa parte do tempo no sítio que tinha na localidade de Bahia Nova, em Viana. Tinha outros hobbies que incluíam tiro ao alvo e pescaria. No entanto, precisou vender o sítio quando sofreu o primeiro infarto. A doença de Parkinson o afastou de suas atividades favoritas, o que contribuiu para abalar seu estado de saúde.
O velório de Paulo Maia vai ser realizado nesta terça-feira (29), das 8 às 13 horas, no cemitério Jardim da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha. O corpo será cremado e as cinzas espalhadas no sítio em Bahia Nova, conforme pedido do próprio Paulo.