Diante disso, a assembleia geral unificada da categoria, realizada nesta sexta-feira (2), no campus de Goiabeiras, em Vitória, decidiu manter o movimento a fim de aguardar a finalização do termo de acordo, publicado e assinado pelo governo. A categoria também aprovou a realização de uma nova assembleia geral na próxima segunda-feira (5), às 10 horas, na subseção sindical do Hospital Universitário (Hucam), o Hospital das Clínicas, no campus de Maruípe, também na Capital.
A previsão é de que o texto do termo de acordo seja finalizado e assinado pelo governo até esta segunda. A orientação da Fasubra é de que os sindicatos de base realizem assembleias para homologar ou não o termo na segunda e terça-feira e que haja uma saída unificada da greve na próxima quarta-feira (7). Isso pode acontecer caso o governo assine e publique o termo.
Caso o governo assine e publique o termo de acordo com a Fasubra, a previsão é de que a assembleia geral unificada não deva aprovar o documento.
“Consideramos que a proposta do governo é rebaixada, pois não traz solução para nossa jornada, o reajuste salarial não é o ideal, o reposicionamento dos aposentados não foi contemplado, por isso podemos não aprovar o termo”, informa o representante do Comando de Greve do Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal do Estado (Sintufes), José Magesk.
Apesar disso, a greve deve acabar, caso o governo se comprometa a assinar e publicar o termo.
“A Fasubra já tem a decisão das assembleias da base, e a maioria votou em favor do termo. Nós fomos contrários. Mas, vamos sair juntos da greve, respeitando a decisão da maioria da base da nossa Federação”, revela Magesk.
Corte de ponto
O acordo de greve apresentado à Fasubra nesta semana não contempla a questão do corte de ponto. No entanto, a Fasubra encaminhou ao governo que esse item tenha uma redação distinta das demais categorias que fecharam acordo recentemente. Isso porque, há a decisão do ministro Napoleão Nunes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contrária ao corte de ponto de grevistas em função do governo não ter avançado com os pontos reivindicados.
Essa decisão é da greve de 2014, mas no início da greve deste ano, o ministro deu novo despacho nesse sentido.