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Ex-prefeito de Vila Velha é absolvido em ação de improbidade

O então juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Jorge Henrique Valle dos Santos, hoje desembargador, julgou improcedente uma ação de improbidade contra o ex-prefeito de Vila Velha, Jorge Alberto Anders. Na decisão publicada na última semana, o juiz rechaçou a denúncia ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPES), que dava conta de supostas irregularidades na compra de materiais de limpeza para escolas municipais. O magistrado não vislumbrou a existência de provas e absolveu o ex-prefeito e os herdeiros do ex-secretário Augusto César Gava, já falecido, que também figurava no processo.

Na sentença prolatada no último dia 21 de julho, o atual desembargador afastou a tese de prejuízo ao erário na aquisição dos materiais através da Carta Convite nº 0056/1997. Na ação de improbidade, a promotoria narrava suspeitas na aquisição dos produtos de limpeza por meio da empresa Carone e Cia Ltda, também denunciada. No entendimento do órgão ministerial, a compra teria provocado um dano ao erário de R$ 6,5 mil, na comparação entre o valor pago (R$ 15,4 mil) e a cotação feita em outra empresa.

Entretanto, Jorge Henrique Valle considerou um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que afastou a existência de desperdício do dinheiro público no episódio devido ao caráter não perecível das mercadorias, além da possibilidade de diferença significativa no preço dos produtos em razão da marca e qualidade dos produtos.

“A reparação do dano é obrigatória quando se tratar de ato de improbidade administrativa lesiva ao erário e condicional à efetiva comprovação da ocorrência de prejuízo patrimonial na hipótese de enriquecimento ilícito. Por fim, cumpre registrar ainda que no arcabouço processual não constam provas de que os produtos adquiridos pela municipalidade não foram entregues ou, ainda, entregues de forma parcial, de modo a corroborar a ausência de efetivo prejuízo para o erário municipal”, assinalou.

A decisão ainda cabe recurso por parte do Ministério Público, que já protocolou a apelação no início de setembro. O caso deve ser reexaminado pelo Tribunal de Justiça.

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