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Greve dos Bancários chega ao 11º dia com 331 agências fechadas

O 11º dia da greve dos bancários encerrou, nesta sexta-feira (16) com 331 agências, postos de atendimentos e departamentos administrativos fechados no Estado. Na Grande Vitória, foram 182 agências paralisadas e no interior 149 ficaram fechadas.

Na Caixa Econômica Federal foram paralisadas 39 agências da região metropolitana e no interior 41. Do Banestes, foram 57 agências paradas na Grande Vitória e 42 no interior. No Banco do Brasil a greve abrange 52 agências do interior e 41 na Grande Vitória. Há também uma agência do Banco do Nordeste do Brasil de São Mateus, no norte do Estado, paralisada.

Entre os bancos privados, estão paralisadas 11 agências do Santander na Grande Vitória e duas no interior; quatorze do Itaú na Grande Vitória e cinco no interior; seis do HSBC na Grande Vitória e duas no interior; treze do Bradesco na Grande Vitória e quatro no interior e uma do Safra na Grande Vitória.

Com a paralisação dos bancários, os bancos usam de artimanhas para fazer com que os trabalhadores deixem de exercer o direito constitucional à greve. Em São Paulo, o Itaí tentou alterar locais e horários de trabalho dos bancários durante a greve.

No entanto, uma liminar da 35ª Vara do Trabalho de São Paulo proibiu o banco de alterar locais e horários de trabalho dos empregados ou promover outros atos de contingenciamento que firam o direito de greve. Caso desobedeça a decisão liminar, o Itaú deverá pagar multa diária de R$ 50 mil.

Segundo a denúncia, o banco estava forçando os bancários a iniciar a jornada ainda de madrugada ou até dormir no local de trabalho.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continua se recusando a negociar com a categoria. Os bancos ofereceram reajuste de 5,5% aos bancários, o que está abaixo até mesmo da inflação do período, que ficou em 9,8%.

Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Fenaban rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Comando Nacional dos Bancários (Contraf) considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

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