A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) promoveu uma reunião nesta sexta-feira (16) para discutir ações de combate à pesca predatória na baía de Vitória. A iniciativa surge após remadores encontrarem, nessa quinta-feira (15), tartarugas, arraiais e cações mortos em rede de pesca no mar de Camburi, próximo ao Porto de Tubarão. O fato foi divulgado nas redes sociais e gerou críticas à omissão do poder público.
No encontro, a prefeitura alegou que sua equipe de fiscalização realizou “três grandes operações este ano”, o que resultou na apreensão de 22 mil metros de redes de pesca, e se comprometeu a intensificar as ações em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O secretário de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, também solicitou ajuda às entidades ambientais e esportistas, para que auxiliem a prefeitura, com registros de foto e filmagem. “Os praticantes desses crimes precisam ser identificados, denunciados e punidos, mas é importante que haja a prova para que essa punição seja efetiva”, disse. Ele sugeriu lançar uma campanha nesse sentido.
A necessidade de a Procuradoria Geral do Município (PGM) atualizar a legislação vigente, para garantir rigor aos infratores, foi outro ponto destacado no encontro, que contou com representantes das polícias Ambiental e Militar, do Ibama, do Projeto Tamar, Instituto O Canal e da coordenação dos grupo de praticantes da canoa havaiana.
A cena registrada nessa quinta-feira por remadores é recorrente, o que gerou uma série de críticas nas redes sociais à ausência de fiscalização e, também, à poluição do mar.
No mesmo dia, um golfinho foi encontrado morto na Serra e um filhote de baleia Jubarte, com marcas de ferimentos, em Vila Velha.