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Servidores de Vila Velha pressionam Rodney por reajuste salarial

Os servidores municipais de Vila Velha realizaram uma assembleia unificada na manhã desta segunda-feira (19), em frente à prefeitura, no bairro Coqueiral de Itaparica. A assembleia foi convocada pela Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha, que reúne dez sindicatos que representam o funcionalismo no município.

Apesar da chuva fina que caía durante a manhã desta segunda-feira, a assembleia reuniu um bom número de servidores. Vestidos de preto e usando nariz de palhaço e apitos, os servidores cobravam do prefeito Rodney Miranda (DEM) o reajuste salarial e a concessão do auxílio alimentação.

Um trio elétrico também foi posicionado em frente à sede da prefeitura e, por cerca de 20 minutos, os servidores interromperam o fluxo da Avenida Santa Leopoldina, que passa em frente à prefeitura. Apesar da interrupção pontual do trânsito, diversos motoristas que aguardavam para passar pelo protesto apoiaram o movimento dos servidores.

As lideranças que discursaram para os servidores presentes na assembleia lembraram que este é o momento de se mobilizar. Elas lembraram que, no início do mandato do atual prefeito, foram aumentados os salários do secretariado com a justificativa de serem ótimos gestores e de melhorarem, assim, a cidade. No entanto, quase três anos depois não se vê mudança significativa no município.

Ainda foi questionado o fato de a prefeitura alegar não ter dinheiro em caixa para reajustar o salário do funcionalismo, nem para fazer política pública, mas veicula uma propaganda do município neste domingo (18), em horário nobre.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Vila Velha (Sinfais), Ricardo Aguilar, ressaltou que este era apenas o primeiro ato público dos servidores e que era um ato fúnebre, diante de toda a defasagem salarial que os servidores enfrentam atualmente. “Não adianta a prefeitura, o secretariado ou o prefeito Rodney Miranda dizer que está cortando gastos. Cortando gastos com que critério? Tirando do servidor público municipal o direito de receber o salário digno, o auxilio alimentação? Isso é um absurdo”, disse ele.

Ele lembrou que o movimento desta segunda-feira não era articulado apenas por uma entidade, mas por uma frente sindical composta por dez entidades. “Nós nos unimos em prol de uma única causa: o auxílio alimentação e o nosso reajuste de 23%. Vamos seguir na luta sem recuar. Hoje é só o princípio do que está por vir pela frente. Então se preparem, porque diante do quadro do serviço público de Vila Velha, não vamos aceitar desculpa de que está sem dinheiro”, afirmou ele, concluindo que, quando havia dinheiro, a prefeitura não concedeu nenhum reajuste e agora que dizem que não tem, continuam a não conceder.

A Frente é composta sindicatos dos Psicólogos (Sindipsi); dos Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal (Sindsaúdebucal); dos Odontólogos (Sinodonto); dos Guardas e Agentes de Trânsito Municipais (Sigmates); dos Farmacêuticos (Sinfes); dos Enfermeiros (Sindienfermeiros); dos Nutricionistas (Sindinutri); e pelo Sinfais.

Negociação

Diante do protesto dos servidores, a prefeitura chamou uma comissão formada pelos representantes dos sindicatos para uma negociação, ainda na manhã desta segunda-feira. Segundo Ricardo Aguilar, a prefeitura propôs a redução da carga horária sem alteração salarial e um prêmio incentivo (abono). No entanto, não tocou em reajuste salarial e auxílio alimentação.

O resultado foi levado aos servidores, que recusaram a proposta da prefeitura. De acordo com Aguilar, o funcionalismo quer a greve. Ele acrescenta que a concessão do auxílio alimentação não demanda gasto excessivo, já que o pagamento poderia ser obtido das verbas suplementares e de gastos supérfluos.

A próxima reunião com a prefeitura está marcada para o dia 27 de outubro e o resultado será apresentado aos servidores no dia 28, data em que se comemora o Dia do Servidor Público. Na assembleia, os servidores também devem deliberar sobre a instauração do estado de greve.

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