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Negociação entre Fenaban e bancários termina sem acordo

A negociação realizada na tarde desta quarta-feira (21) entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários (Contraf) terminou com a rejeição da proposta dos banqueiros. Os bancos oferecerem reajuste salarial de 8,75%, que foi prontamente rejeitado na mesa de negociação por não apresentar ganho real à categoria.

Uma nova rodada de negociações foi marcada para esta quinta-feira (22), em São Paulo. A expectativa dos bancários é que a Fenaban apresente proposta de ganho real e que contemple as reivindicações sociais da categoria.

Além de não apresentar proposta econômica que contemple os bancários, a Fenaban se recusou a aceitar as reivindicações  relacionadas a condições de trabalho, saúde e segurança.

A greve dos bancários completou 16 dias nesta quarta-feira com 340 agências fechadas no Estado. Na Grande Vitória fecharam 182 agências e no interior foram 158.

Também permaneceram fechados os prédios da Praça Pio XII, do Centro de Processamento de Dados do Banestes e nove departamentos da Caixa Econômica Federal. Das 340 agências fechadas, 282 são de bancos públicos, sendo 81 da Caixa Econômica, 106 do Banestes, 94 do Banco do Brasil e uma do Banco do Nordeste do Brasil, em São Mateus, no norte do Estado. As outras 58 são agências de bancos privados, sendo 13 do Santander, 19 do Itaú, oito do HSBC, 17 do Bradesco e uma do Safra.

Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Fenaban rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

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