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Governador evita falar sobre aumento do Transcol e retorno do Aquaviário

Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta quarta-feira (23), o governador Paulo Hartung (PMDB) se esquivou de uma resposta direta e reta sobre o aumento da tarifa do Sistema Transcol e o retorno do Sistema Aquaviário. Para variar, em ambos os assuntos, aproveitou para fustigar seu antecessor, Renato Casagrande (PSB). Aqui, sim, ele falou sem volteios e hesitações.
 
Desde o início do ano as empresas concessionárias discutem o reajuste. Mas, como lhe é peculiar, Hartung emitiu sinais de como a tarifa pode ser reajustada.
 
O governador disse que há uma “mesa de discussão” no seu governo com vários aspectos do assunto, dos quais sublinhou as irregularidades na licitação e nos contratos de concessão do sistema apontados pelo Ministério Público de Contas (MPC), com base nos quais o órgão, no início deste ano, pediu a anulação do contrato. Antes, destacou que o governo está pagando “rigorosamente em dia” o subsídio do sistema.
 
Tergiversando, Hartung disse que o contrato prevê aumento, mas, primeiro, impõe-se a necessidade de acertar os aspectos levantados pelo MPC. “É bem provável que nasça um aditivo para corrigir o contrato”, concluiu. Ou seja, um eventual aumento nas passagens pode cair na conta de Casagrande em função da pecha de “incompetência” que Hartung, desde as eleições, insiste em atribuir à gestão do socialista.
 
As obras na Terceira Ponte também foi assunto abordado. Ele disse que há Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) um projeto de alargamento das pistas da via, mas a obra depende dos resultados da auditoria no contrato de concessão da Terceira Ponte em curso no Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Só podemos fazer projeto depois dessas decisões”, disse.
 
Sobre o aquaviário, o governador qualificou de “megalomaníaco” e “sem pé nem cabeça” o projeto apresentado por Casagrande. E, mais uma vez, não ofereceu contornos precisos para o retorno do projeto. O Ministério Público de Contas pediu a suspensão da licitação em outubro de 2014. Em janeiro, Hartung cancelou o edital de concessão do sistema aquaviário.
 
Sem oferecer prazos, Hartung sem escorou em promessas: o governo trabalha no projeto piloto de uma linha para verificar o funcionamento e o interesse dos usuários. Também para variar, condicionou a realização do projeto à melhoria do quadro fiscal do estado, supostamente desorganizado.
 
Hartung também se manteve no muro sobre a polêmica do Uber, aplicativo de transporte pago de passageiros em carros privados. Destacou a necessidade de se achar uma forma equilibrada de ver as coisas. 

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