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Presidente do Sindijudiciários critica omissão da Assembleia sobre reajustes de magistrados

Em greve há quase trinta dias, o apelo dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) foi ouvido durante a audiência pública, promovida pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, com vistas à votação do orçamento de 2016. A presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário), Adda Maria Monteiro Lobato Machado, cobrou dos parlamentares a fiscalização do cumprimento do orçamento estadual. Ela também criticou a omissão da Casa em relação aos reajustes salariais concedidos aos juízes e desembargadores do TJES.

“O que me traz aqui é a preocupação sobre o orçamento do Estado. Compete aos senhores que tomem conta do orçamento. Esse ano está passando, estamos em greve há quase trinta dias, sem qualquer tipo de manifestação da administração [do TJES]. Acho que isso deveria ser uma preocupação do Legislativo, já que nossos direitos passam pela Casa. O reajuste dos salários de categoria, dos juízes, está passando sem ser submetido à Assembleia. Não concordamos com isso”, alertou a sindicalista, citando que os demais trabalhadores ficaram sem a reposição salarial e deve amargar uma perda de 10% com a inflação previsto para 2015.

Adda Machado também relembrou o compromisso feito pelo presidente da Assembleia, deputado Theodorico Ferraço (DEM), presente à audiência pública, quanto à possibilidade de elevação do índice de reajuste no orçamento dos demais Poderes – que ficou em 5,94%, abaixo do índice de inflação. “Fomos tranqüilizados pelo presidente, que nos disse sobre um aceno do governador para corrigir essa inflação. Estamos aqui porque acreditamos nas suas palavras”, disse.

A sindicalista fez coro às declarações do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (Sindipúblicos), Gerson Corrêa do Nascimento, que cobrou a revisão anual dos vencimentos, previsto no texto da Constituição Federal e Estadual, mas que não está no projeto de lei orçamentária. A recomposição salarial é uma das reivindicações dos serventuários do TJES, que estão em greve geral desde o último dia 6. Por conta das restrições impostas ao movimento paredista, a semana está sendo marcada pelo que foi chamado de “greve de zelo”.

Além da questão salarial, os servidores também pedem retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns de todo Estado. Uma contraproposta feita pelo sindicato chegou a ser apresentada à Presidência do TJES, mas não há um posicionamento sobre as sugestões. O sindicato anunciou que um grupo de desembargadores, através da Associação de Magistrados do Estado (Amages), também visa à abertura de um canal de negociação.

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