Durante o encontro, a presidente do Sindijudiciário, Adda Maria Monteiro Lobato Machado, reforçou a importância da união da categoria nesse momento e destacou que a semana foi muito produtiva mesmo sem a realização de mobilizações na porta dos fóruns devido às restrições impostas ao movimento na decisão da desembargadora Elizabeth Lordes. A entidade protocolou requerimentos em diversas instâncias, entre elas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), questionando a administração do judiciário capixaba.
Adda Machado avalia que a greve contribuiu para a sociedade capixaba reconhecer a importância dos servidores do Judiciário. Além de aprovarem a manutenção do movimento grevista, os servidores deliberaram por realizarem caravanas da comissão de greve nas diversas comarcas do Espírito Santo e continuar informando à população que a paralisação continua, além de outras ações estratégicas.
Nessa semana, a presidente do sindicato e um grupo de trabalhadores em greve participaram da audiência pública sobre o orçamento de 2016 na Assembleia Legislativa. Na ocasião, Adda Machado cobrou dos parlamentares a fiscalização do cumprimento do orçamento estadual. Ela também criticou a omissão da Casa em relação aos reajustes salariais concedidos aos juízes e desembargadores do TJES. Durante a audiência pública, também foram registrados vários relatos da insatisfação do funcionalismo público quanto à falta da revisão anual dos vencimentos na previsão orçamentária.
Na última terça-feira (3), a Federação Nacional dos Servidores do Judiciário (Fenajud) divulgou uma nota de apoio à greve dos serventuários do TJES. No documento, a entidade destacou a resistência dos trabalhadores diante das “pressões exercidas” pela gestão da Corte, em alusão às limitações impostas pela Corte ao movimento paredista. A Federação também denunciou a postura contraditória do tribunal capixaba por tratar magistrados e trabalhadores de forma desigual.
Em outro trecho do documento, a entidade afirmou: “Os trabalhadores merecem respeito e o pagamento da revisão geral anual retroativa ao mês de maio, retorno dos percentuais de assiduidade e do adicional por tempo de serviço (ATS), melhorias nas condições de trabalho nos Fóruns e tratamento isonômico entre magistrados e servidores, por parte da presidência do Tribunal”.