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Três municípios capixabas recebem alerta de risco de enchente de lama

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) emitiu alerta de risco de enchente de lama aos municípios capixabas de Linhares, Baixo Guandu e Colatina, no norte do Estado, em decorrência do rompimento das duas barragens da Samarco Mineração, em Mariana, Minas Gerais.
 
O comunicado foi feito na noite dessa sexta-feira (6) e é dirigido ainda a outras 12 cidades de Minas Gerais, que também são cortadas pelo Rio Doce. 
 
O boletim extraordinário do sistema prevê que a onda de cheia que se desloca ao longo da calha do rio chegue a Colatina na tarde da próxima segunda-feira (9) e em Linhares entre segunda e terça-feira (10).
 
A Superintendência Regional de Belo Horizonte do Serviço Geológico do Brasil informa que passou a monitorar o Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce por 24 horas. O início da operação estava previsto para o próximo dia 23, mas entrou em caráter de urgência para acompanhar a evolução da onda de cheias provocada pelo rompimento das barragens.
 
Neste final de semana, equipes técnicas de campo e de escritório estarão mobilizadas para acompanhar o evento ao longo da calha do Rio Doce, monitorando os níveis do rio em tempo real. Os boletins serão diariamente encaminhados às defesas civis dos municípios afetados e órgãos competentes.
 
O rompimento das duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco, nessa quinta-feira (5), deixou um rastro de destruição no distrito de Bento Rodrigues. Até agora foram registrados uma morte e 500 feridos.
 
Além dos municípios do Estado, o alerta é para as cidades mineiras de Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés.
 
Abastecimento
 
A Prefeitura de Linhares, em nota, informa que em caso de enchente não há risco de contaminação da água que é distribuída pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) à população, já que o ponto de captação é feito no Rio Pequeno. 
 
Também afirma que fez uma barragem recente no Rio Pequeno e que esta servirá de barreira, evitando o contato com o Rio Doce.
 
Quanto à obra para captar água do Rio Doce, a prefeitura garante que esta alternativa só será utilizada em caso de alteração da água do Rio Pequeno e “após a certeza de que a água não representa qualquer perigo para a saúde da população”. 
 
Antes do rompimento das barragens, a prefeitura havia informado que pretendia captar água do Rio Doce ainda este mês.

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