A maioria das pessoas está se queixando da crise (que veio com Dilma mas viria da mesma forma, fosse outro o presidente), esquecendo que o ajuste econômico (e não apenas fiscal) é global, sendo, portanto, a ocasião certa para:
– eliminar desperdícios
– queimar gorduras
– zerar dívidas (com desconto, que ninguém é bobo)
– reformar equipamentos
– renovar a frota, reduzindo custos
– economizar no consumo de itens básicos e supérfluos
– melhorar o rendimento das atividades em geral
– dar um tranco nos ineficientes e preguiçosos
– começar tudo de novo com humildade no espírito e boa vontade no coração.
Difícil sim, mas inevitável.
Nesse sentido, é preciso reconhecer que a Operação Lava Jato cumpre um papel altamente didático ao demonstrar que o crime pode não compensar.
A corrupção está profundamente entranhada na administração pública e na iniciativa privada. Todo mundo dá ou cobra propina, sonega e pratica uma ou outra pedalada – vai com nota fiscal? Com ou sem recibo? Bandeira um ou bandeira dois? Caixa dois?
No meio de tantas informações novas sobre a crise fiscal e o revertério monetário em curso, resta saber quando o Judiciário vai tomar vergonha e deixar de ser o reino da hipocrisia.
Nesse paraíso funcional há ministros, magistrados, desembargadores e funcionários aposentados que ganham mais do que o teto salarial, que é a remuneração do presidente da república, hoje 33 mil dinheiros (ou será que já subiu?).Esse teto é furado, ninguém o respeita e ninguém cobra de ninguém o cumprimento de uma norma que é constitucional.
Com que moral os tribunais em geral vão julgar os bucaneiros da Petrobras mancomunados com os tubarões do ramo empreitarial se eles próprios, os juizes supremos, fazem vista grossa à farsa do teto salarial ou aprovam pedaladas salariais como o auxílio-moradia? Taí o maior acinte à população brasileira praticado pela elite do Poder Judiciário.
LEMBRETE DE OCASIÃO
Se os senhores togados não derem o exemplo de probidade, de onde virá a inspiração para os que quiserem ser honestos, justos e sinceros neste país em que a maioria é pobre?