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Reunião avalia onda de lama que deve chegar ao município nas próximas horas

Manaira Medeiros (de Baixo Guandu)

A onda de lama proveniente do rompimento de duas barragens da Samarco Mineração/Vale, em Mariana, Minas Gerais, na última quinta-feira (5), deve chegar ao município de Baixo Guandu (noroeste do Estado) no fim da tarde desta terça-feira (10). A água do rio Doce já está turva no município de Resplendor, em Minas Gerais, a dois municípios de Baixo Guandu, desde a tarde desta segunda-feira (9) e a previsão é que a lama das barragens leve 24 horas para passar a partir do momento em que muda a coloração da água.

A reportagem deSéculo Diário seguiu para o município de Conselheiro Pena, em Minas Gerais, vizinho de Resplendor, e a água do manancial também neste município era turva, no entanto, ainda não havia sinal da onda de lama. 

Baixo Guandu deve ser o primeiro município do Estado a ser atingido e, mais de 12 horas após a primeira previsão, continua a expectativa para a chegada da onda de lama dos resíduos das barragens da Samarco à cidade localizada no noroeste capixaba.

 

Depois de muita espera, os moradores, logo ao amanhecer desta terça-feira (10), voltaram a ocupar a ponte Doutor Jones dos Santos Neves, conhecida como ponte da Mauá, cortada pelo rio que divide o município com Minas Gerais.

Embora seja possível verificar a movimentação de vegetação no rio Doce e a turbidez da água em um trecho do manancial, a lama ainda não chegou ao Estado. A Defesa Civil do município de Baixo Guandu realiza uma reunião na usina de Mascarenhas ainda na manhã desta terça para avaliar a situação. Já há comentários de uma nova previsão, de que a onda de lama só chegaria a Baixo Guandu na tarde desta terça-feira. De acordo com o prefeito do município, Neto Barros (PCdoB), a administraçao ainda está em compasso de espera pela chegada da onda de lama.

Em Colatina, no noroeste do Estado, também já é possível verificar a mudança de cor no manancial. A todo o momento, moradores dos municípios verificam o rio, preocupados e apreensivos com os impactos da enxurrada de resíduos.

O Serviço Geológico do Brasil informou que a onda está perdendo força, velocidade e volume no decorrer do percurso entre Mariana e o Estado. O abastecimento de água nos municípios que serão atingidos pela lama ainda não foi suspenso.

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