Já o II Encontro Estadual de Juventudes é uma iniciativa do Observatório Capixaba de Juventude e visa unir os diversos atores que debatem e constroem as PPJs no Estado, buscando destacar a ação coletiva dos jovens e refletir sobre os desafios na implementação de uma agenda juvenil no Estado.
Durante o encontro serão discutidas as condições de ingresso e permanência de jovens cotistas no ensino superior, além de debater a Política Pública de Juventude (PPJ) no Estado e a produção sociocultural dos coletivos juvenis.
O coordenador do Fejunes, Luiz Inácio Silva da Rocha, o Lula, acredita que o evento é uma oportunidade de refletir sobre o racismo institucional e os desafios para a construção de uma sociedade igualitária. Ele lembra o caso do professor da Ufes, Manoel Luiz Malaguti – que em 2014 disse, em sala de aula, que “detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro” – ressaltando que é preciso avançar em uma agenda de combate ao racismo. Lula aponta que a demissão de Malaguti do corpo docente da Ufes é um passo para esta direção.
No início desta semana, a Coordenação de Procedimentos Disciplinares da Universidade Federal do Estado (Ufes) deliberou duas decisões a respeito de processos abertos contra o professor, sendo que, no processo que apura racismo, o colegiado decidiu pela demissão de Malaguti.
Além dos debates, o encontro pretende criar um canal de diálogo a partir dos Grupos de Trabalho (GT). A primeira mesa de discussão tem a presença do professor André Lázaro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da Flacso, com o tema “Você gostaria de ser atendido por um médico negro?”. Já os GTs contribuem na formulação das políticas afirmativas no Estado.para Morgana Boostel, presidente do Observatórioo Capixaba da Juventude, compreender em que condições se dá o acesso e a permanência das minorias no ensino superior no Estado é condição primordial para o avanço das políticas afirmativas.